Marcelo Katsuki https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br Comes e Bebes Sun, 19 Dec 2021 14:08:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Novo endereço do blog https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/12/01/novo-endereco-do-blog/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/12/01/novo-endereco-do-blog/#respond Wed, 01 Dec 2021 22:21:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18943 Caro leitor,

Este blog continua na Folha, mas, agora, em um novo endereço.
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Os textos já publicados permanecerão aqui para serem lidos e relidos.

Clique abaixo para ver o novo texto do blog:
“Cuia Café apresenta a cozinha multicultural da chef Bel Coelho”

Um abraço!
Marcelo Katsuki

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Quentinhas https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/11/16/quentinhas-107/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/11/16/quentinhas-107/#respond Tue, 16 Nov 2021 09:00:45 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/ag21-cajanocarlota-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18932 O destaque da semana vai para o menu-degustação que o chef Yuri Machado, do restaurante Cá-Já, do Recife, vai servir no Carlota nos dias 19, 20 e 21 de novembro. Yuri vem para São Paulo a convite da chef Carla Pernambuco, que se encantou com a cozinha autoral e cheia de referências do chef. Dentre os pratos, destaque para os camarões no bisque com farofa de aviú e salada de feijões sertanejos. O menu custa R$280 por pessoa, tem quatro etapas e um drinque de boas vindas. Mas atenção: será servido apenas com reserva. E na quarta-feira, dia 17, das 19h às 22h, Yuri vai ensinar três receitas com degustação no estúdio localizado em frente ao restaurante. Inscrições e reservas pelos telefones (11) 3661-8670 / (11) 98225-6030. O Carlota fica na Rua Sergipe, 753, Higienópolis.

• Cá-Já: um dos melhores restaurantes do Brasil fica no Recife.

 

Em almoço no ótimo Cuia, da chef Bel Coelho, acabei provando um drinque que trazia St. Verger, o destilado composto de pera produzido pela Weber Haus, e me encantei. Pedi para provar o destilado puro: é impressionante como ele preserva o sabor e o aroma da pera natural. A aguardente utiliza a pera asiática desidratada, que é colocada em infusão a frio e tem a destilação finalizada com a polpa da fruta, num processo similar ao do gim. A St. Verger tem preço sugerido de R$ 139 (700 ml) mas pode ser comprada aqui na promo por R$ 99. Fica a dica!

 

E tá chegando o Mesa São Paulo 2021! O maior evento de gastronomia do país vai acontecer no Memorial da América Latina, nos dias 18, 19 e 20 de novembro. O tema desse ano é “Marco Zero: por um sistema alimentar que regenere Gaia” e vai focar na sustentabilidade, reunindo um time que está “colocando a mão na massa” para fazer algo pelo planeta. No Mesa Tendências, chefs e especialistas realizarão palestras, enquanto no Mesa Ao Vivo, acontecerão aulas práticas e degustações. Eventos paralelos também vão animar o evento como os Jantares Magnos, o Empório Mesa e a praça de Food Trucks. Veja a programação completa no site mesasaopaulo.com.br.

 

E no dia 22 de novembro, às 20h, vai acontecer um seminário online sobre saquês da região de Tohoku, no Japão, com os especialistas Alexandre Iida e Fabio Ota, com apresentação da sommelière Yasmin Yonashiro. A região é responsável por 25% da produção de arroz no país e possui um inverno bastante rigoroso, fornecendo águas cristalinas na época do degelo, dois itens fundamentais para a produção de saquês de alta qualidade. O evento “Saquês de Tohoku no Izakaya Jetro” terá um cenário virtual que irá simular um izakaya, boteco no estilo japonês. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipadamente no site da Jetro (clique no botão “registre-se”).

(Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress e Divulgação)

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Conheça os diferentes tipos de macarrão japonês e aprenda a fazer lámen caseiro https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/11/08/conheca-os-diferentes-tipos-de-macarrao-japones-e-aprenda-a-fazer-lamen-caseiro/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/11/08/conheca-os-diferentes-tipos-de-macarrao-japones-e-aprenda-a-fazer-lamen-caseiro/#respond Mon, 08 Nov 2021 20:52:27 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/shoyu-lamen-rubens-kato2-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18912 O macarrão foi criado na China mas popularizou-se mundo afora quando Marco Polo levou a receita para a Itália. No Japão, o macarrão chegou através dos monges budistas e tornou-se um dos alimentos mais consumidos no país. Lá, os japoneses criaram seus próprios tipos de massa, como o udon, o lámen, o soba e o soumen. O udon era o mais conhecido no Brasil até ocorrer o boom do lámen, com o surgimento de inúmeras casas especializadas no prato. Conheça abaixo as características dos principais macarrões japoneses encontrados no Brasil.

 

Udon
É um macarrão grosso, de fio bem branquinho, feito com farinha de trigo. Tem o sabor suave mas sua consistência é firme. Costuma ser servido com caldos quentes e finos à base de dashi, mirin (saquê culinário) e shoyu, acompanhados de tempurá, ovo cozido e cebolinha. Também é utilizado no preparo do sukiyaki, onde tem seu cozimento finalizado no molho do prato, ganhando cor e sabor.

 

Ramen (ou lámen)
Com fios mais finos que o udon, é feito também com farinha de trigo mas leva ovo e água alcalina, o que confere um tom amarelado e consistência elástica. Sua forma mais comum de preparo é com caldo quente à base de porco, frango ou peixe e temperado com um molho (de missô, shoyu ou sal) que confere o sabor da sopa. A espessura da massa pode variar de acordo com o caldo escolhido. Os acompanhamentos tradicionais são alga, chashu (carne de porco), nori (alga), ovo cozido e cebolinha picada. Também pode ser servido com caldo frio ou mesmo sem caldo.

 

 

Soba
Massa de fios escuros, resultado do preparo com trigo sarraceno. Essa massa é bastante versátil, podendo ser servida quente, em uma sopa feita com caldo de peixe, shoyu e mirin, ou fria, acompanhada de molho à parte. O Zaru Soba (foto) traz o macarrão sobre uma esteira acompanhado de um caldo frio, com cebolinha, nabo ralado e wasabi.

 

Soumen
Feito com farinha de trigo, água e sal, tem fios claros e bem fininhos. O soumen é geralmente consumido no verão, frio e até mesmo gelado, acompanhado de molho tsuyu com cebolinha e myoga, a flor de uma planta da mesma família do gengibre, bem aromática. Também costuma ser utilizada em sopinhas leves como o missoshiru.

Mais
Outro tipo de macarrão bastante usado é o Harussame, um macarrão transparente, feito a partir de amido, como o de feijão mung ou de fécula de batata, e que pode ser consumido frio ou quente.
Tem ainda o Hiyamugui, semelhante ao soumen mas com espessura um pouco mais grossa e o itokonyaku, um macarrão feito de konjac (tubérculo de origem japonesa), de textura gelatinosa e muito utilizado em dietas por apresentar poucas calorias.

Quer conhecer mais sobre o macarrão japonês? Pois nesse mês, mais de 100 casas em todo o Brasil, entre lojas e restaurantes, estão oferecendo o produto com vendas de diferentes tipos de massas além de itens relacionados, como molhos, caldos prontos e temperos utilizados em seu preparo. Os restaurantes de cozinha japonesa também estão com pratos especiais ou destacando os macarrões em seus menus. É o “Men Matsuri – O mês do macarrão japonês” promovido pela Jetro. “Com a proximidade do verão brasileiro, esta é uma boa oportunidade para experimentar as versões sem caldo ou geladas desses pratos”, afirma Hiroyuki Saito, diretor de Comércio Exterior da Jetro (Japan External Trade Organization), agência japonesa de fomento ao comércio exterior que promove o evento. Clique aqui para ver as casas participantes.

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Receita de lámen caseiro (massa)
Por Daniel Hirata, do Hirá Ramen Izakaya
(Rendimento 2,5 kg de massa. Preparo 2h + 1 noite para descansar)

Ingredientes
– 600 ml de água
– 16 g de sal
– 30 g de bicarbonato de sódio
– 1 ovo
– 2 kg de farinha de trigo

 

Preparo
Em um recipiente, misture a água, o sal, o bicarbonato de sódio e o ovo. Coloque a farinha em uma vasilha grande e adicione a mistura. Misture bem e deixe descansar por 30 minutos. Estique a massa e corte em fios (pode usar uma máquina de macarrão, se quiser). Deixe descansar de um dia para o outro.

Para servir
Cozinhe o lámen em água fervente por 3 minutos, escorra e sirva com o caldo e as coberturas.

Para o preparo do caldo para o Shoyu lámen, clique aqui.

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Curiosidades

• O lámen se popularizou mundo afora com sua versão instantânea criada em 1958 por Momofuku Ando, que queria produzir um alimento prático, que ficasse pronto apenas com a adição de água quente.

• O primeiro lámen instantâneo criado foi o “chicken ramen”.

• No Japão, casas especializadas no prato produzem sua versão instantânea para que possam ser apreciadas em qualquer lugar, com resultados surpreendentes.

• A produção de macarrão fresco ou seco no Japão foi de 200.000 toneladas, em 2020, segundo o The Japan Food Journal.

• Já a produção de macarrão instantâneo foi de 5.975.230.000 pacotes (quase 6 bilhões de unidades) em 2020, de acordo com o Japan Convenience Foods Industry Association.

(Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapres, Rubens Kato, Tales Hideki, Piyano, Kazoka, Ahirao e Bonchan/Divulgação)

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Conheça o menu-degustação da Casa do Porco e aprenda a fazer o torresmo de pancetta com goiabada, hit da casa https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/conheca-o-menu-degustacao-da-casa-do-porco-e-aprenda-a-fazer-o-torresmo-de-pancetta-com-goiabada-hit-da-casa/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/conheca-o-menu-degustacao-da-casa-do-porco-e-aprenda-a-fazer-o-torresmo-de-pancetta-com-goiabada-hit-da-casa/#respond Sun, 10 Oct 2021 10:01:33 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/porco1721-abre2-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18828 Na última terça-feira, dia 5 de outubro, os chefs Jefferson e Janaina Rueda viram seu restaurante, A Casa do Porco, subir 22 posições na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, alcançando a 17ª posição. Merecidíssimo! A Casa do Porco não é apenas um grande restaurante; ele é um restaurante necessário. É democrático, acessível, ousado e inspirador em todos os sentidos: de suas receitas inovadoras e deliciosas à sua participação efetiva na revitalização do centro da cidade.

 

Eu gosto tanto do lugar que minha primeira saída para comer fora, duas semanas após ter sido imunizado, foi para lá. E foi perfeito: dia ensolarado, mesas na calçada e aquele aconchego que só a boa comida proporciona.

Abaixo, o menu-degustação, ou a sequência evolutiva “Da Roça Pro Centro” (R$ 165), com cinco etapas e 12 pratos que apresentam o trabalho conceitual dos chefs com o porco caipira e com as frutas, verduras e legumes orgânicos do sítio que eles mantêm em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Para quem não come carne, há uma versão vegetariana do menu; mas aquele torresmo, minha gente, aquilo não é carne: é alma.

 

A sequência começa com uma amostra dos embutidos e defumados feitos na casa acompanhada de um aromático caldo de presunto cru servido na xícara. E logo chegam alguns hits, como o torresmo de pancetta com goiabada picante (receita no final do post), o sushi de papada com tucupi negro, o tartar de porco, o codeguim e a maçã verde com maionese (uma unidade de cada).

 

O menu ganha leveza com o consomé de pé de porco que banha os vegetais como a couve-flor, o quiabo e as ervas e flores. E logo retoma a potência com a milanese de porco servida com um molho cítrico que lembra um ponzu.

 

O capeletti traz recheio de porco assado em um rico caldo de cabeça de porco. Sobre a massa, um aveludado molho de queijo. Chega então o carro-chefe da casa, o Porco San Zé, assado por até nove horas. Vem acompanhado de linguiça caipira, tutu de feijão, saladinha de couve e o refrescante tartar de banana, que não pode faltar.

 

Duas sobremesas fecham a sequência: uma delicada seleção de frutas da horta servidas com mel de cacau e sorbet de limão. A outra é uma surpreendente versão da pamonha, em uma releitura  que traz o creme do milho em uma casquinha crocante. Simples e genial.

E, conforme prometido, a receita do torresmo de pancetta.

 

Torresmo de pancetta com goiabada picante
Chef Jefferson Rueda

1. Salgue um pedaço de pancetta que caiba em uma panela.

2. Derreta uma quantidade de gordura de porco que cubra a pancetta nessa panela.

3. Aqueça até 80ºC e junte a pancetta com uma folha de louro, tomilho e alecrim. Você deve confitar a peça de 3 a 4 horas, sempre nessa temperatura, até que ela fique macia.

4. Retire da banha e deixe descansar na geladeria por 6 horas.

5. Corte em cubos de aproximadamente 3 x 3 cm.

6. Aqueça o óleo até 200ºC e frite os cubos até que dourem e fiquem crocantes.

7. Prepare a goiabada picante misturando uma parte de goiabada cremosa com uma parte de pasta de pimenta fermentada (receita: para cada quilo de pimenta dedo-de-moça sem as sementes, adicione 30 gramas de sal, embale à vácuo e deixe por 15 dias fora da geladeira, para fermentar. Bata no processador).

8. Cubra o torresmo com um pouco de goiabada picante, flor de sal, cebola roxa picadinha marinada no vinagre e decore com pétalas e brotos. Delicie-se!

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A Casa do Porcomapinha aqui
R. Araújo, 124, Vila Buarque, centro, São Paulo. Tel. (11) 3258-2578

(Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress)

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Outubro é o Mês do Karê: aprenda a preparar um dos pratos mais amados pelos japoneses https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/10/05/outubro-e-o-mes-do-kare-aprenda-a-preparar-um-dos-pratos-mais-amados-pelos-japoneses/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/10/05/outubro-e-o-mes-do-kare-aprenda-a-preparar-um-dos-pratos-mais-amados-pelos-japoneses/#respond Tue, 05 Oct 2021 10:01:22 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/kare21-abre3-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18759 Poucas comidas japonesas são tão reconfortantes quanto o karê raisu –o curry japonês servido com arroz– prato que ganha um sabor ainda mais especial nos dias frios. O ensopado de carne com legumes traz molho espesso com sabor intenso e um inebriante perfume de especiarias. Não pode faltar o arroz branco, seu acompanhamento ideal. O prato, presente no dia a dia dos japoneses, propicia uma refeição que aquece, reconforta e também revigora.

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Karê pan, karê de legumes e karê vermelho de frutos do mar: opções do menu especial do restaurante Aizomê.

Nesse mês, mais de 100 restaurantes e lojas de produtos japoneses estão participando do Mês do Karê, que acontece até o dia 31. Além do karê raisu, as casas estão servindo outras duas especialidades feitas com o curry japonês: o karê udon, macarrão com molho de curry; e o karê pan, pãozinho frito recheado com carne e legumes ao curry. São dois pratos menos conhecidos mas não menos saborosos, então aproveite para experimentá-los, caso ainda não os conheça.

 

Curry em pó, tablete, molho (pronto para consumo) e em flocos.

Já as lojas de produtos japoneses estão com os itens com karê em destaque em suas gôndolas. Há quatro opções de curry: em pó, em tablete, molho e também em flocos (esse, uma novidade para mim). As lojas participantes estão com o selo Japanese Food Supporter Store, uma chancela para estabelecimentos que incentivam o uso de produtos genuinamente japoneses.

Dentre as lojas participantes está a rede Daiso, que tem 43 filiadas distribuídas pelo país. Já no setor de restaurantes, participam casas como Kinoshita (foto), Kurâ Izakaya, Nagayama, Hirá Ramen Izakaya e Aizomê (da chef Telma Shiraishi, Embaixadora da Boa Vontade para a Culinária Japonesa no Brasil), entre outros. O evento é uma promoção da Jetro (Japan External Trade Organization) e conta com o apoio da Embaixada do Japão e do Consulado Geral do Japão em São Paulo. Clique aqui para ver todos os participantes do Mês do Karê.

 

Receita de karê raisu
(Serve até 6 pessoas)
No Japão, a receita do karê raisu pode variar de uma região para outra. E cada família tem a sua. Essa é uma versão utilizando o curry em pó, que minha mãe costuma preparar e que ela aprendeu com a minha avó. Uma autêntica receita de família.

Ingredientes para o roux*:
– 2 colheres (sopa) de curry em pó (amarelo)
– 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
– 2 colher (sopa) de manteiga

Ingredientes para o ensopado:
– 500 g de costela suína em pedaços (ou pernil, copa-lombo)
– 4 dentes de alho amassados
– 2 cebolas cortadas em cubos
– 4 batatas grandes cortadas em cubos
– 2 cenouras médias cortadas em cubos
– 1/2 xícara (chá) de óleo
– Água (aproximadamente 2 litros)
– Sal e pimenta-do-reino o quanto baste
– Cebolinha picada para finalizar

*O roux é um espessante utilizado na cozinha francesa feito com manteiga e farinha (na proporção de um para um). Adotei o termo apenas para facilitar a compreensão do preparo.

 

Comece com o preparo do roux e depois parta para o ensopado.

Preparo do roux:
Em uma frigideira, derreta a manteiga em fogo médio e adicione a farinha. Mexa por 3 minutos, sem deixar queimar.
Adicione o curry em pó, mexa por mais 1 minuto e desligue. Deixe esfriar.

 

Faça uma pasta com o roux e disolva no ensopado, já na fase final do cozimento.

Preparo do ensopado:
– Em uma panela grande, aqueça o óleo e doure a carne. Junte o alho e a cebola e refogue.
– Adicione as cenouras e as batatas.
– Tempere com o sal e a pimenta-do-reino e cubra com a água.
– Enquanto isso, dissolva o roux com 50o ml de água fria, aos poucos, formando uma pasta.
– Quando os legumes estiverem “al dente”, adicione ao roux aos poucos, até obter a consistência desejada. Quanto mais roux você utilizar, mais grosso e mais picante vai ficar o molho.
– Cozinhe por mais 3 minutos, acerte o sal e finalize com a cebolinha picada. Sirva imediatamente com arroz branco e conservas japonesas.

 

Karê pan, do restaurante Aizomê.

Curiosidades e dicas:
– O curry é um condimento de origem indiana, tendo sido introduzido no Japão na Era Meiji (1868-1912). A versão japonesa tem como diferencial um caldo mais espesso, sabor mais suave e um toque levemente adocicado.
– O karê raisu é um dos pratos mais populares do Japão; há restaurantes especializados em seu preparo.
– O molho do karê tem intensidade variada, podendo ser classificado em três níveis: karakuchi (picante), chukara (meio picante) e amakuchi (suave).
– O karê é uma mistura de várias especiarias, como pimenta vermelha, cominho, gengibre, canela, cardamomo. Dentre elas destaca-se a cúrcuma, com conhecidas propriedades medicinais.
– É um prato de alto valor nutricional, tanto que foi o primeiro a fazer parte da merenda escolar quando o Japão unificou os cardápios, sendo uma das comidas favoritas das crianças japonesas.
– No Japão, o karê é consumido ao menos uma vez por semana. Seu boom se deu na década de 1950 ocasionado pela proliferação de TVs nas casas e pela veiculação de comerciais.

 


– Para usar o curry em pó, não salpique diretamente sobre o cozido. Faça sempre um roux, pois além de facilitar na hora de dissolver a pasta e engrossar o caldo, o preparo realça ainda mais o sabor do condimento.
– O curry em tablete é muito prático: basta preparar um ensopado simples de legumes (com ou sem carne). Quando os legumes começarem a amolecer, dissolva os tabletes no molho e finalize o cozimento.
– Os acompanhamentos ideais para o karê raissu são as conservas japonesas, como o fukujinzuke (legumes em molho adocicado) e o rakkyo (cebolinha japonesa agridoce). Mas seu sabor marcante permite diversas combinações. Minha mãe, por exemplo, gosta de comer acompanhado de maçãs; já eu, gosto de comer com tudo: de uvas passas a mango chutney –e fica delicioso!

Aproveite essa friaca que se instalou em São Paulo e se jogue no karê! Prepare a receita em casa ou visite um dos restaurantes participantes. Você vai entender por que o japoneses amam tanto esse prato.

(Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress e Rafael Salvador/Divulgação)

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Três receitas de drinques fáceis e refrescantes para curtir o domingo https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/tres-receitas-de-drinques-faceis-e-refrescantes-para-curtir-o-domingo/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/tres-receitas-de-drinques-faceis-e-refrescantes-para-curtir-o-domingo/#respond Sun, 26 Sep 2021 09:30:37 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/drin121-abre4-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18716 O tempo anda meio louco mas a previsão para hoje promete sol. E nada como um drinque leve e refrescante para animar esse primeiro domingo de primavera. Selecionei três receitas distintas: uma com gim, outra com bourbon e uma terceira com vinho. Escolha a que mais combina com o você e delicie-se!

Veja qual drinque combina com o seu signo.
Projeto verão: as bebidas menos calóricas.

 

A primeira é a “Botanics&Tonic” da Beefeater, drinque que utiliza um lançamento inovador da marca: Botanics Lemon&Ginger (foto). O destilado tem gim, aromas naturais e água, e apresenta teor alcoólico mais baixo, de 27,5% ABV (o London Dry possui 47% ABV). Menor teor alcoólico é uma tendência mundial com foco no bem-estar e na saúde, uma preocupação dos novos consumidores que têm procurado beber menos mas com mais qualidade. O Botanics tem aroma agradável de limão e um fundo de gengibre com um perfil bem seco. Por isso vai muito bem no gim-tônica e em drinques que levam xarope.

Botanics&Tonic
Ingredientes:
– 50 ml de Beefeater Botanics Lemon & Ginger
– 150 ml de Água Tônica Zero
– Guarnição: rodelas de limão siciliano e fatias de gengibre

Preparo:
Em uma taça balão com bastante gelo, adicione todos os ingredientes. Mexa suavemente e decore com a guarnição (limão e gengibre).

 

A segunda receita é do highball, drinque super refrescante à base de bourbon que faz sucesso nos Estados Unidos e no Japão –e que vem conquistando o Brasil. A receita também pode ser preparada com gim, tequila ou rum, mas é na mistura do whiskey americano com club soda que a mágica acontece. E setembro é o mês do bourbon, mais um motivo para brindar com esse clássico. Em tempo: está acontecendo uma programação variada sobre o mês do bourbon com degustações e menus. Clique aqui para conhecer.

Highball
Ingredientes
– 50 ml de Jim Beam (ou similar)
– 150 ml de club soda (ou água tônica)
– Fatias de limão siciliano

Preparo:
Coloque a dose de bourbon em um copo longo com bastante gelo. Complete com club soda, misture delicadamente com uma colher bailaria e finalize com o limão siciliano.

 

O terceiro drinque mistura vinho rosé com frutas vermelhas mas traz diferenciais como suco de mexerica e um toque de Campari. O rosé sempre vai bem em drinques pois tem frescor e boa estrutura, mas o Rosé Piscine foi especialmente criado para essas combinações, sendo indicado o seu consumo com gelo e em temperaturas que variam de 6º a 8º C. Seu teor alcóolico também é mais leve, com 11% ABV. Perfeito para um brinde com amigos.

Red Piscine por Thiago Ribeiro
– 150ml de Rosé Piscine
– 50ml de suco de mexerica
– 50ml de Campari
– 4 amoras ou framboesas congeladas
– 1 ramo de alecrim
– 3 cubos de gelo

Modo de preparar: coloque todos os ingredientes em uma taça grande e mexa delicadamente. Finalize com o ramo de alecrim. Esse drinque também acompanha bem aperitivos, nuts, queijos, saladas e peixes.

(Fotos: Divulgação e Marcelo Katsuki/Folhapress)

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Mare di Sapore tem gelatos únicos e comidinhas que vão te surpreender https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/23/mare-di-sapore-tem-gelatos-unicos-e-comidinhas-que-vao-te-surpreender/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/23/mare-di-sapore-tem-gelatos-unicos-e-comidinhas-que-vao-te-surpreender/#respond Thu, 23 Sep 2021 09:30:33 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/mare21-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18683 Hoje é o Dia do Sorvete e eu quero aproveitar para falar de um lugar que conheci há alguns dias em Pinheiros e que me deixou banzado: a gelateria Mare di Sapore. Fui lá para provar os gelatos feitos com frutas típicas de várias regiões do país mas acabei fazendo uma viagem nostálgica para Belém do Pará. E tomei o melhor tacacá!

 

A energia boa já começa com essa entrada colorida, que espanta qualquer baixo astral. A gelateria ocupa uma casinha com duas áreas ao ar livre com bom distanciamento entre as mesas –além de seguir todos os protocolos de segurança, pode ir sossegado.

Quem comanda o lugar são as chefs Alexandra Labruna e Lena Chaib, que inauguraram a gelateria há quatro anos em Santos mas decidiram subir a serra, para a nossa sorte. Além dos gelatos, há um  menu enxuto com comidinhas que são um afago no estômago: guiozas (do Panda Ya), cuscuz nordestino com carne ou ragu de cogumelos, pastel de angu, caldinho de mocotó. E o mais legal: tudo acompanhado por gelatos!

 

Falando neles, os sabores são surpreendentes: jabuticaba, cagaita, cambuci, butiá e até jatobá –nunca pensei que tomaria e ainda gostaria de um sorvete de jatobá! Tem os clássicos como baunilha (do Cerrado), morango, caramelo, avelã e chocolate.

Tudo artesanal e feito com uma precisão que só ouvindo as meninas contarem para entender. Nos fundos da casa há um quintal com mesinhas e um laboratório, onde elas testam ingredientes, técnicas e fazem a magia acontecer. Você já viu um sorvete de café branco? Pois lá tem. Deu um nó na minha cabeça, tive que degustar de olhos fechados!

 

Mas vamos às comidinhas. Tomei um tacacá delicioso (R$ 42), sem cuia por conta da pandemia, mas bem servido de jambu e camarões secos e senti em Belém, na barraca da Dona Maria. A goma de mandioca no caldo de tucupi foi o gatilho!

O segundo prato é o Favorito da Chef (R$ 32): carne de caranguejo catado, a melhor farinha de mandioca do Norte e um gelato de limão. Pode parecer loucura misturar o gelato à carne, mas prove. Agora é o meu favorito também (e eu só penso nessa farinha torradinha com manteiga e tucupi).

 

Momento de regozijo para esse paraense de coração: um doce com pupunha, o fruto da palmeira –e não o palmito. Essa maravilha se chama As Palmeiras e o Cerrado (R$ 27,60) e traz ainda doce de cajuzinho, do tamanho de uma uva passa mas com um sabor imenso. Completam a sobremesa gelato de butiá e de baunilha do cerrado, além xerém de castanha de caju.

 

Essa foto é só para mostrar que gelato vai muito bem com espumantes! Dá para harmonizar os dois e se divertir. Repararam que além das cervejas especiais, tem ainda algumas cachaças? Inclusive com jambu, para dar aquela dormência na língua e ficar com a “boca muito louca”, como diz a Dona Onete.

 

As sócias Lena e Alexandra buscam pessoalmente muitas das matérias-primas utilizadas na gelateria e aproveitam as viagens para conhecer novos ingredientes e produtores. Pense em duas pessoas empolgadas com o seu ofício?

Sobre os sabores, há sempre 12 opções, respeitando a sazonalidade dos ingredientes. São todos naturais e sem corantes, saborizantes ou conservantes, dá para sentir a fruta pura em cada colherada.

 

Copinho biodegradável médio com os sabores butiá e jabuticaba (R$ 16). O pequeno custa R$ 14 e o grande, R$ 18. Tem ainda casquinha artesanal (R$ 18,90 com dois sabores) e embalagens para viagem a partir de R$18.

 

Fachada da Mare di Sapore, em Pinheiros.

Bom, o recado está dado. E nem precisa esperar essa frente fria passar para ir tomar o seu gelato: não dá dor de garganta e também não faz mal para a saúde. Abaixo o mito!

Mare di Saporemapinha aqui
Rua Simão Álvares, 1.029, Pinheiros, São Paulo/SP
Funcionamento: quarta a domingo, das 11h às 19h.
Delivery: Whatsapp (13) 99760-0204
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress

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Conheça o awamori, destilado mais antigo do Japão que está chegando ao Brasil https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/20/conheca-o-awamori-destilado-mais-antigo-do-japao-que-esta-chegando-ao-brasil/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/20/conheca-o-awamori-destilado-mais-antigo-do-japao-que-esta-chegando-ao-brasil/#respond Mon, 20 Sep 2021 15:52:59 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/awa21-abre1-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18641 Depois do saquê e do shochu, chegou a vez do awamori, destilado típico da região de Okinawa, aportar em terras brasileiras. Os três são considerados as bebidas alcoólicas nacionais do Japão, mas o awamori ainda é pouco conhecido por aqui, apesar de seus 600 anos de história.

Até hoje era possível provar a bebida apenas quando alguém trazia na mala ou, com alguma sorte, em algum restaurante de cozinha okinawana. A boa notícia é que o destilado está chegando comercialmente ao país, com apoio da Jetro (Japan External Trade Organization), que realizou um evento no restaurante Kinoshita há alguns dias para apresentá-lo à imprensa.

 

A cônsul-geral adjunta do Consulado Geral do Japão, Chiho Komuro. À esquerda, o diretor-presidente da Jetro, Hiroshi Hara. (Foto: Marcelo Katsuki/Folhapress)

O awamori e o saquê são produzidos a partir do arroz, mas o que os diferencia é que o saquê é apenas fermentado, enquanto o awamori passa por uma destilação, assim como o shochu, motivo pelo qual as duas bebidas costumam ser comparadas. “Mas o shochu pode ser feito a partir de vários destilados de amido, como batata, trigo sarraceno e cevada, enquanto o awamori só pode ser feito com arroz tailandês do tipo longo e usa um fungo de Okinawa chamado kuro koji“, esclareceu a sommelière de saquê, Yasmin Yonashiro, que apresentou e serviu a bebida durante o evento.

 

Yasmin Yonashiro e a sommelière Andréa Machado.

O awamori apresenta de 30% a 43% abv (álcool por volume), podendo chegar a 25% abv nos produzidos para exportação. Os exemplares mais envelhecidos reservam também algumas surpresas como complexidade de aroma e de sabor, resultado do estágio em ânforas de cerâmica e da destilação, realizada apenas uma vez, o que preserva grande parte das características do mosto –a vodca, que possui um perfil mais neutro, costuma ser destilada até cinco vezes.

Após três anos de repouso, o awamori já pode ser chamado de kuusu, que significa “bebida envelhecida”. E quanto mais envelhecido, mais sedoso e doce ele ficará, mesmo após o seu engarrafamento. O preço da garrafa de 720 ml varia de R$ 263,43 (Awamori Mild Mizuho, na Adega de Sakê) a R$ 659,00 (Awamori Koto Shuri, na e-sakê).

 

Yasmin Yonashiro brinda com a mixologista Suemi Uemura.

E como beber o awamori? Durante o evento degustamos o destilado puro, on the rocks, morno e no preparo de um coquetel feito com mel cítrico e tônica (a receita está no final do post), mostrando a versatilidade da bebida. Na harmonização, ele se mostrou perfeito em combinações com variados pratos: de um simples edamame (soja verde) a iguarias como ovas de tainha curadas e tempurá de camarão.

Na versão servida com gelo, o awamori foi revelando todas as suas nuances de aroma e sabor conforme ia se diluindo com a água, uma das minhas versões preferidas. Mas sua utilização no coquetel também foi muito apreciada. A mixologista Suemi Uemura, que também participou do evento, vê grande potencial do awamori na coquetelaria: “Seu teor alcoólico médio de 30% é perfeito para drinques leves e refrescantes e também para coquetéis mais potentes e equilibrados”, observou.

Os cinco tipos de awamori, com diferentes graus de envelhecimento e de teor alcoólico, produzidos pela destilaria Mizuho.

São cinco os awamoris que estão sendo importados: Awamori Mizuho (3 anos, 25% abv), refrescante e adocicado; Awamori Kotoshuri (10 anos, 25% abv), frutado e com notas de baunilha; Awamori Mild Mizuho (5 anos, 25% abv), refrescante e suave;  Awamori Mizuho Gold (3 anos, 30% abv), suave e adocicado, também com aroma de baunilha e Awamori Mild Mizuho (25% abv), de aroma e sabor suave.

 

Fatias de karasumi (ovas de tainha curadas com saquê e sal) servidas sobre fatias de maçã verde e Black Cod Missô-yaki, pratos do restaurante Kinoshita servidos no encontro.

Chiho Komuro, cônsul-geral adjunta do Consulado Geral do Japão, conversa com Hiroyuki Saito, diretor da Jetro, e Hiroshi Kawazoe, diretor da Nippon Bebidas.

A sommelière Andréa Machado mostrou-se entusiasmada com a complexidade aromática da bebida: “o awamori mais envelhecido traz aromas amendoados e toffee enquanto sua versão jovem apresenta um frescor quase herbáceo, com até certa picância, que atiça o olfato e coça o nariz. Na boca, a untuosidade te leva para perto dos saquês, com muito umami, o que faz salivar”, descreve.

 

O produtor cultural Jo Takahashi e a sommeliere Yasmin Yonashiro.

O awamori é também conhecido por traduzir a alma de Okinawa, terra da longevidade, dos sabores vigorosos e também da alegria de viver. Ou seja, tudo a ver com o espírito brasileiro.

 

O refrescante coquetel servido no evento e que leva o Awamori Mizuho.

Highball por Yasmin Yonashiro
Ingredientes:
• 60 ml de Awamori Mizuho 3-25
• 25 ml Honey Citron diluído com um pouco de vinagre cítrico
• Água tônica

Em um copo alto e com bastante gelo coloque o Awamori, a mistura de mel com vinagre e complete com a tônica. Misture com uma colher bailarina para gelar a bebida e sirva.

O awamori está sendo importado com exclusividade pela Nippon Bebidas e pode ser encontrado nos sites da Adega de Sakê e da e-sake.

(Fotos: Rafael Salvador/Divulgação)

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Restaurante Me Vá leva cozinha espanhola ao Baixo Pinheiros https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/restaurante-me-va-leva-cozinha-espanhola-ao-baixo-pinheiros/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/09/03/restaurante-me-va-leva-cozinha-espanhola-ao-baixo-pinheiros/#respond Fri, 03 Sep 2021 18:29:12 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/meva21-abre2-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18607 O Me Vá, novidade na rua Ferreira de Araújo, é um restaurante onde as tapas ganham destaque, trazendo o clima descontraído das taperías espanholas. A casa investe também na coquetelaria e apresenta drinques com ênfase no uso de jerez, o vinho fortificado espanhol –caso do Negroni Oloroso (R$ 36), que leva jerez no lugar do vermute.

Há um pequeno e aconchegante salão no térreo, mas o destaque vai para a varanda no piso superior, com teto retrátil que permite luz e ventilação natural. Duas mesinhas também podem ser ocupadas na calçada, perfeitas para observar a movimentação na rua.

 

O Dominó de batatas (R$ 16) é um ótimo começo. Traz o tubérculo dourado com aioli de sriracha, uma criativa versão das batata bravas. Assim como o Crudo de angus (R$ 32), bem temperado e que chega escoltado por chips de raiz de lótus, bem crocantes.

 

As croquetas podem ser de chistorra (R$ 16), camarão (R$ 18) ou de couve-flor (R$ 14 – foto). São saborosas e chegam sequinhas por fora e cremosas por dentro. O segundo prato, Atum e ajoblanco (R$ 40) traz o peixe mergulhado na sopa fria de amêndoas, típica da região da Andaluzia. Azeite de manjericão, pinole e brotos conferem ainda mais frescor ao prato.

 

O fideuá de mexilhões (R$ 52) é uma das oito opções de prato principal. É bem servido e traz o molusco cozido e aioli arrematando o prato. Já a couve-flor grelhada (R$ 30) chega sobre o molho romesco (feito à base de pimentão, amêndoas e alho) sendo finalizada com migas de alho e azeite de manjericão. Uma boa opção vegana.

 

O menu tem quatro sobremesas mas se for compartilhar, fique com a Espuma de creme catalão (R$ 20), que traz frutas assadas e chega coberta por pipocas carameladas. As flores de Carnaval (R$ 19) lembram churros. Mas são bem crocantes e recheadas com doce de leite assado –sem falar do seu bonito formato. São ainda finalizadas com gel de limão siciliano e flores. Essas são para você comer sozinho, impossível querer dividir!

 

Vista do salão no piso superior, com o teto retrátil. Perfeito para apreciar um dos ótimos drinques da casa acompanhado pelas tapas criativas e bem executadas do restaurante. O drinque da primeira foto é o Melaza de Caña (R$ 36) feito com rum envelhecido, limão siciliano, xarope de caramelo e geleia de tangerina e impressionou.

 

Fachada do restaurante. Parece imponente mas lá dentro é só descontração. Em tempo: o menu executivo com entrada, principal e sobremesa custa R$ 50 e tem pratos como frango assado na lenha, bacalhau e até um fideuá de panceta. Com mais R$ 20 você ainda leva uma taça de vinho e uma água. Vai lá!

Me Vámapinha aqui
Rua Ferreira de Araújo, 285, Pinheiros, São Paulo. Tel.: (11) 3816-0588
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress

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Marcelo Serrano assume a gestão do G&T Gin Bar e lança carta de drinques https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/marcelo-serrano-assume-a-gestao-do-gt-gin-bar-e-lanca-carta-de-drinques/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/marcelo-serrano-assume-a-gestao-do-gt-gin-bar-e-lanca-carta-de-drinques/#respond Thu, 26 Aug 2021 02:55:46 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/gt21-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18592 O G&T Gin Bar fez fama na Peixoto Gomide, há cinco anos, com a proposta de um pop-up bar onde o gim era o rei –e dominavam as gim-tônicas preparadas pela Talita Simões, autora da primeira carta de drinques da casa. O tempo passou, o staff foi renovado e o bar instalou-se definitivamente na rua Oscar Freire, a poucas quadras do ponto inicial.

Marcelo Serrano (foto), o experiente mixologista que redefiniu o Moscow mule ao criar a espuma de gengibre, assumiu recentemente a gestão da casa e criou uma nova carta, que vai além das gim-tônicas.

 

Dois drinques assinados por Serrano: o defumado Robusto G&T (R$ 65) com gim, Amaretto Dell’Orso, nibs de cacau, limão Taiti, pêssego e canela. Ao fundo, o La Poire (R$ 65), um drinque bem seco mas muito equilibrado que leva gim de pera, Lillet, Noilly Prat e flor de capuchinha.

 

Há três opções de negroni, como esse da foto: Smoked Coffee Negroni (R$ 45), com gim, Campari, martini Rosso, café e grãos defumados. Ao lado, outro aromático drinque de Serrano: BB Smash (R$ 65), com gim, blueberry, limão siciliano e manjericão, mais frutado e refrescante.

O menu traz ainda clássicos como Tom Collins (R$ 41), Martinez (R$ 55) e Fitzgerald (R$ 41), além de coquetéis da casa, como o Oxford Mule (R$ 45), que traz a espuma de gengibre na finalização do drinque.

A casa oferece ao cliente a possibilidade de montar sua gim-tônica escolhendo a fruta, a especiaria e o floral. O preço é definido por um dos 170 gins disponíveis no cardápio, com preços que variam de R$ 39 (Gordon’s, San Basile’s Classic ou Torquay) até R$ 999 (Martin Miller’s 9 Moons).

 

A cozinha também passou por uma repaginada e agora possui um cardápio enxuto com cinco snacks e uma sobremesa. A porção de minicoxinhas (R$ 34 – foto) traz o salgado crocante e com recheio de frango com catupiry. O Nuts 4 Gin (R$ 33), mix de castanhas e frutas secas, é perfeito para acompanhar os drinques, mas há ainda batatas rústicas, hambúrguer e churros com doce de leite.

 

Fachada do bar com mesinhas na calçada. A casa ocupa um ponto estratégico da Oscar Freire, quase na equina com a Augusta. E começou a abrir a partir das 9h, servindo cafés e pequenos bocados. Tem ambiente climatizado mas com abertura total da porta, além de mesinhas na calçada, tão providenciais para essas noites quentes e de distanciamento social.

G&T Gin Barmapinha aqui
R. Oscar Freire, 604 – Jardins, São Paulo – SP
Telefone: (11) 99393-5388
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress

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