Marcelo Katsuki https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br Comes e Bebes Sun, 19 Dec 2021 14:08:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Reserve Garden é um oásis verde de boa gastronomia em João Pessoa https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/reserve-garden-reune-paisagismo-gastronomia-e-arte-em-joao-pessoa/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/reserve-garden-reune-paisagismo-gastronomia-e-arte-em-joao-pessoa/#respond Mon, 09 Aug 2021 09:01:51 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/gar21-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18543 Espaços verdes e ao ar livre estão cada vez mais valorizados por conta da pandemia. Junte-se a isso boa gastronomia, um empório com produtos de qualidade e arte e você terá um lugar irresistível. Assim é o Reserve Garden, restaurante em João Pessoa que parece ter brotado no meio de um jardim.

 

São vários ambientes, tanto na área externa, que parece uma pequena floresta, como na interna, que dispõe de mesas mais reservadas, inclusive dentro da ampla adega. Mas como resistir a um cantinho no jardim, cercado por plantas e árvores que garantem sombra e brisa fresca?

 

Área interna que lembra uma estufa de plantas.

Chegamos sem reserva e conseguimos a penúltima mesa na área externa –o local é concorrido. Fui logo pedindo um negroni para relaxar e ele não decepcionou, assim como o refrescante Lillet Garden, degustado na sequência e que se mostrou perfeito para a ocasião.

Eu tinha prometido não fazer nenhum programa gastronômico nessas miniférias na Paraíba, mas seria um desperdício visitar a cidade e ignorar as novidades –ainda bem, o “Garden” é surpreendente.

 

O cardápio é bastante variado e vai se adequando ao longo do dia. É possível tomar café da manhã, almoçar, fazer um lanche e jantar. Tem até hambúrgueres e pizzas.

 

Uma entrada que sempre agrada é o filé em cubinhos ao molho de gorgonzola servido com fritas (R$ 59), que comemos acompanhados por algumas fatias de pão. Já a salada de batatas com maionese cítrica e lascas de salmão com azeite de manjericão (R$ 42) era uma das boas sugestões do almoço, mas funcionou perfeitamente como entrada.

 

Camarões e polvo (R$ 99) chegam em uma farta panelinha preparados com alho e azeite, brócolis, batatas douradas e tomatinhos cereja. Todos os pratos impressionam pelo sabor apurado e cocção perfeita, além dos ingredientes de qualidade.

Acabei não conseguindo comer o Risotto Parahyba, já um clássico da casa: risoto de parmesão com feijão verde, queijo coalho assado e carne de sol na manteiga. Um bom motivo para voltar.

 

Completamos a refeição compartilhando um brownie (R$ 39) de chocolate que estava perfeito. Denso e bem molhadinho, trazia ainda Amarenas Fabbri, as cerejas silvestres italianas, gelato de baunilha e telha de amêndoas com Nutella. Uma delícia!

 

Além do restaurante, o espaço conta com loja e empório, oferecendo desde o famoso Leão de Nuca e outras peças de artesanato até ingredientes como especiarias e azeites, doces e vinhos. A idéia do empresário paranaense André Nonino, natural de Londrina mas morando em João Pessoa há 1o anos, é oferecer um espaço multifuncional focado em gastronomia e bem-estar, onde as pessoas possam ir para se alimentar mas também se inspirar, desfrutando do ambiente acolhedor. Um sucesso.

 

O corredor verde na entrada do restaurante.

Reserve Gardenmapinha aqui
Av. Euzely Fabrício de Souza, 340 – Manaíra, João Pessoa – PB
Tel.: (83) 98218-6936
(Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress)

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Cafeteria na Liberdade oferece cardápio caprichado de chás, cafés e guloseimas https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/cafeteria-na-liberdade-oferece-cardapio-caprichado-de-chas-cafes-e-guloseimas/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/05/17/cafeteria-na-liberdade-oferece-cardapio-caprichado-de-chas-cafes-e-guloseimas/#respond Tue, 18 May 2021 02:58:13 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/we21-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18340 Foi uma tristeza constatar que nos últimos 12 meses estive apenas uma vez na Liberdade por conta da pandemia. Eu, que tanto adoro caminhar pelo bairro e descobrir novos lugares, sequer vi o surgimento da We Coffee, rede de cafeterias com mais de 460 lojas espalhadas pelo mundo. E ela se instalou em plena rua dos Estudantes, ali no número 24, pertinho da praça.

A alegria foi conhecer seus produtos recentemente e me encantar –e ver que eles podem ser pedidos pelo iFood e pelo WhatsApp (11 94484-9606) ou ainda comprados em sistema grab & go, um serviço feito com agilidade num balcão posicionado na fachada da loja.

A We Coffee é uma cafeteria com estilo oriental, onde você vai encontrar cafés diferenciados mas também aqueles smothies com topping de salty cream (um chantilly levemente salgado), frapês com Oreo, chás gelados com frutas e, claro, produtos de confeitaria leves e delicados como o soft bun e o choux cream com cremes variados.

 

Provei o Dulce di Latte, um duplo ristretto com doce de leite (R$ 15) e gostei muito, mas me deleitei mesmo com o Blue Berry Duo Salty Cream (foto), um smoothie de blueberry e morango com pedaços da fruta e cobertura de salty cream (R$ 18). Até lembrei por que a gente gosta tanto de cafeterias, são esses pequenos encantos. O choux de matchá (R$ 7,50) e o croissant de amêndoas (R$ 15) também fazem bonito, assim como o sanduíche de salame (R$ 10).

A cafeteria oferece também o conceito de utilização como terceiro espaço, funcionando como uma alternativa tanto para o escritório como para a sua casa. E voltou a abrir para atendimento presencial todos os dias, das 9h00 às 18h30. Conheça!

WeCoffee – mapinha aqui
R. dos Estudantes, 24 – Liberdade, São Paulo
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress

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Origem 75 é o destino perfeito para uma escapada de SP no final de semana https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/origem-75-e-o-destino-perfeito-para-uma-escapada-de-sp-no-final-de-semana/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/origem-75-e-o-destino-perfeito-para-uma-escapada-de-sp-no-final-de-semana/#respond Fri, 05 Feb 2021 16:02:34 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/ori21-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=18098 Fica na entrada de Vinhedo, a uma hora de São Paulo. E parece um oásis, com espelhos d’água, vegetação abundante e mesas e poltronas distribuídas pelo jardim. Há também ambientes internos com mesas bem distanciadas, e até uma sala para degustação subterrânea sob a adega. Mas para a gente que tem se privado de tantas coisas por conta da pandemia, nada melhor do que aproveitar a bela paisagem do entorno.

 

O Origem 75 nasceu no final do ano passado com a proposta de oferecer uma gastronomia orgânica, com ingredientes provenientes de sítio próprio e de pequenos produtores locais. Seus sócios também levaram em conta cinco valores que consideram fundamentais: qualidade, sabor, respeito, consciência e aconchego.

 

A casa dos empresários Rodrigo Rivellino, Beto Elias e Ricardo Capucci é ampla, com bar, varanda, lago e até uma horta; 40% da área é ao ar livre. Um local perfeito para passar o dia e que conta ainda com espaço kids e empório de orgânicos. Há ainda o Origem Sessions, noites com apresentações musicais que acontecem no palco montado na varanda.

 

O bar ocupa uma posição central e oferece uma carta com drinques clássicos e autorais, que valorizam ingredientes locais. Para acompanhar, há pastéis, homus, burrata e até ceviche de caju, mas minha dica é a porção de peixinhos-da-horta empanados em farinha sem glúten e assados. Crocantes, gostosos e nutritivos.

 

 

O bufê no almoço de segunda à sexta (R$ 56) tem saladas variadas e um balcão com pratos quentes sem carne. Adicionando a proteína do dia, o valor sobe para R$ 72. O cardápio foi montado pela chef Renata Cruz.

 

Do menu à la carte, destaque para as carnes preparadas na parrilla, como o ancho (R$ 92 – com direito ao bufê) e a pancetta na brasa (R$ 55), preparada com cozimento lento (sous vide) e finalizada no fogo. Há outras opções como o galeto na lenha servido com farofa (R$ 52 – para compartilhar) e o atum selado na parrillha (R$ 62), além de massas e risotos.

 

Não deixe de provar a torta rústica de maçã (R$ 29) assada na lenha. Vem com uma crosta perfumada, das melhores coisas que provei recentemente. O bolo de chocolate (R$ 30) com ganache também faz bonito, é denso e com leve amargor.

 

A adega climatizada possui 1.500 garrafas, com rótulos tradicionais e uma carta com vinhos orgânicos, naturais e biodinâmicos. Há um espaço no subsolo que pode ser usado para degustações e harmonizações.

 

A varanda lateral coberta oferece privacidade e tem uma bonita vista do entorno.

 

Entrada do Origem 75. Fala se não é o lugar perfeito para dar aquela escapadinha de São Paulo e ainda desfrutar de boa gastronomia? Um bate e volta restaurador.

Origem 75mapinha aqui
Rua Fluminense, 715, Vinhedo, SP, tel.: (19) 3846-3438.
Segunda e terça: 12h às 15h
Quarta e quinta: 12h às 15h / 17h30 às 23h
Sexta e sábado: 12h às 23h. Domingo: 12h às 22h

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Arvo oferece experiência gastronômica que merece ser vivida no Recife https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/12/06/arvo-oferece-experiencia-gastronomica-que-merece-ser-vivida-no-recife/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/12/06/arvo-oferece-experiencia-gastronomica-que-merece-ser-vivida-no-recife/#respond Sun, 06 Dec 2020 20:47:21 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/arvo20-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17952 Em recente viagem ao Recife fui conhecer o Arvo, restaurante instalado em um amplo e arborizado quintal que eu já vinha namorando pelas redes. Esse modelo de proposta causa uma especial atração nos grandes centros com seu apelo de “quintal de casa da avó”, mas é notório que ter apenas um espaço aconchegante não basta.

No setor de alimentos e bebidas, cada vez mais é a experiência que conta: comida, serviço, ambiente e, claro, boa companhia. E quando essa equação se encontra em uníssono é que entendemos a aplicação do termo “restauração”. Essa é a magia dos restaurantes verdadeiramente bons.

 

As paredes pintadas por artistas locais fazem do quintal uma verdadeira galeria ao ar livre.

A cena gastronômica no Recife é rica e diversificada. A oferta de frescos pescados divide a atenção com carnes em preparos regionais e vem se renovando com a adoção de técnicas e novas abordagens. É aí que entra a cozinha do Arvo. O chef Pedro Godoy, formado em Gastronomia pelo Senac PE, tem em sua bagagem experiências no Oficina do Sabor e no Beijupirá, de Olinda, e no Wiella Bistrô, no Recife, além de uma temporada de três anos na Austrália. E o Arvo surgiu há um ano como um espaço para exercitar uma cozinha estimulante que renova a culinária regional com pratos criativos e ricos em sabor.

A casa ocupa um terreno enorme repleto de árvores –de onde se originou seu nome– e é um lugar para ser contemplado. O público, de perfil bastante plural, chega para o café da manhã nos finais de semana e acaba emendando o almoço. Godoy e seu sócio, Eduardo Freyre,  anunciam para breve a abertura de uma escola de gastronomia no local. Viva o empreendedorismo!

 

O atum curado (R$ 70) é uma ótima maneira de se começar uma refeição no Arvo. Traz lâminas do peixe curado cobertas com aioli, alcaparras, passas condimentadas, pétalas de flor e brotos. Vem acompanhado de pão pita feito na casa.

 

Os croquetes de cupim (R$ 28) também fazem bonito. Chegam crocantes e sequinhos explorando bem o sabor untuoso da carne, que pode ser realçado pelo vinagrete de pimenta de cheiro e também pelo aioli.

 

A carta de drinques é assinada por Dilton Sales e traz criações como o La Tamarinda (R$ 25), com gin, tamarindo, suco de laranja e soda e o Tacagin, coquetel refrescante que vem na cuia de tacacá, com gin, xarope de tamarindo, tônica e canela.

 

O burguinho de carneiro (R$ 40) tem a carne grelhada e caramelizada no próprio glacê, potencializando o seu sabor. E o chef escolheu o macio pãozinho delícia para a montagem, coberto com parmesão.

 

Essa panelinha acomoda cubos de cupim assado no creme de milho (R$ 40), uma combinação que encanta. Chega acompanhada de vinagrete de feijão verde e farofa de flocão de arroz.

 

Eis que surge a carne de sol de filé mignon com nhoque frito (R$ 98). Uma porção para ser compartilhada que traz a carne fatiada sobre um irresistível roty de rapadura e cebolas tostadas. Um caldo denso para ser saboreado até a última gota.

 

O nhoque de batata com parmesão vem empanado, coberto com cebolas fritas sobre um bechamel de milho verde. Um acompanhamento com cara de protagonista e que se mostra surpreendentemente leve.

 

Como terminar essa refeição com mais brasilidade? Peça o pudim cremoso de tapioca ao leite de coco fresco (R$ 30) com sorvete de açaí, pipoca caramelizada com leite em pó e calda quente de cupuaçu.

 

Outra opção é o Chocolatudo (R$ 28), que traz o ingrediente em cinco texturas. O cheesecake (R$ 25), discreto ali no fundo da foto, traz calda de morango e utiliza biscoito de amêndoas. Trivial que surpreende.

 

A horta do restaurante ocupa o terreno atrás da cozinha e fornece boa parte das ervas e hortaliças utilizadas nos preparos.

 

O Arvo é mais uma das atrações imperdíveis do Recife, juntamente com outros dois “quintais” favoritos: o Cá-já e o Reteteu Comida Honesta. Lugares para se comer bem em ambientes aprazíveis, conectados às ricas tradições regionais mas com um pé no futuro.

Arvo Restaurantemapinha aqui
Endereço: rua Djalma Farias, 170, Torreão, Recife/PE
Almoço: terça a domingo – 11h45 às 16h / Café da manhã : Sáb e dom – 08h às 11h
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress e divulgação (foto do chef)

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A Casa do Porco reabre em São Paulo com a estreia do projeto Ocupa Rua https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/09/02/a-casa-do-porco-reabre-em-sao-paulo-com-a-estreia-do-projeto-ocupa-rua/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/09/02/a-casa-do-porco-reabre-em-sao-paulo-com-a-estreia-do-projeto-ocupa-rua/#respond Wed, 02 Sep 2020 23:39:34 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/cpoc20-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17735 Foram cinco meses de salão fechado por conta da pandemia até que A Casa do Porco Bar reabrisse suas portas para atendimento presencial. E foi uma reabertura especial, marcada pela estreia do projeto Ocupa Rua, uma intervenção urbana que cria áreas externas com mesas dispostas em espaços demarcadas na via.

 

O projeto piloto ocupa a rua General Jardim, na República, e é resultado da parceria dos chefs Jefferson e Janaina Rueda com a Prefeitura de São Paulo, a jornalista Alexandra Forbes e a Metro Arquitetos. O espaço é aprazível e ajuda a ampliar a capacidade de atendimento, já que o número de mesas no salão foi bastante reduzido por conta das medidas de distanciamento.

 

O salão interno, que teve o layout modificado para aumentar a distância entre as mesas.

A reabertura da casa contou também com protocolos de biossegurança chancelados pelo Incor, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas. Há medição de temperatura na chegada e diversos postos de distribuição de álcool gel 70%, inclusive nas mesas. Os atendentes usam protetores faciais transparentes além das máscaras de tecido. O cardápio pode ser acessado apontando a câmera do celular para o QR code disposto na mesa. Tudo pensado nos mínimos detalhes.

 

 

A chef Janaina Rueda e o bar que funciona como ponto de apoio montado na área externa. O espaço é amplo e há ombrelones juntos às mesas.

 

Pratos do menu O Porco é Pop, uma sequência de nove pratos que custa R$ 139 e traz uma boa amostra do trabalho do chef Jeffeerson Rueda. O Porco San Zé (R$ 65) é outra boa sugestão: traz o porco assado acompanhado por tutu de feijão, tartar de banana, farofa de cebola e saladinha de couve.

A casa está trabalhando apenas com reservas e teve os dois primeiros dias esgotados antes da abertura. O porco também é sucesso na rua!

A Casa do Porco Bar
R. Araújo, 124, República – mapinha aqui
Telefone: (11) 3258-2578

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Gino Wine Bar tem clima intimista e carta de vinhos com alta rotatividade https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/24/gino-wine-bar-tem-clima-intimista-e-carta-de-vinhos-com-alta-rotatividade/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/24/gino-wine-bar-tem-clima-intimista-e-carta-de-vinhos-com-alta-rotatividade/#respond Mon, 24 Feb 2020 15:22:09 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/gino20-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17239 Assim que você entra no Gino se depara com uma enorme lousa atrás do balcão. Nela estão listados cerca de 25 vinhos e o preço por taça. O salão tem luz baixa, mesinhas com banquetas, poltronas e até um sofá. Mas é no balcão que você pode ter altas conversas com o sommelier Gianluca Zucco, proprietário da casa.

 

Gianluca é italiano mas vive no Brasil há 33 anos, onde trabalhou como executivo da área de TI, até concretizar seu projeto de montar um wine bar. A ideia surgiu há cinco anos mas foi só no final do ano passado que o Gino tomou forma e se materializou numa rua em Pinheiros.

 

 

Na lousa, apenas rótulos garimpados pelo sommelier, com boa oferta de vinhos naturais e biodinâmicos. Gianluca conta que compra poucas garrafas para que sua oferta possa ser sempre renovada. “Um rótulo dificilmente dura mais do que um mês”, conta. “A lousa permite essa oferta dinâmica de vinhos, assim o cliente sempre encontra novidades na casa”. Além das opções acima, outro pequeno quadro traz o #filhoúnico, que oferece apenas uma garrafa por rótulo.

 

Os vinhos são vendidos em taças mas é possível levar para casa uma garrafa do seu exemplar favorito, desde que haja no estoque. Como esse elegante Blanc de Blanc Nature, um espumante da Campanha Gaúcha que abriu a minha noite (R$ 20 a taça/R$ 99 a garrafa).

 

 

Embora o menu traga vinhos pouco óbvios, Gianluca conta que não criou um bar para iniciados: “Quero ter um público variado, formado principalmente por aprendizes”. O sommelier demonstra uma grande satisfação ao compartilhar o conhecimento adquirido em anos de vivência como consumidor e também como estudioso. Ele é formado pela AIS (Associação Italiana de Sommeliers).

 

Para acompanhar as taças, um enxuto mas eficiente menu traz opções frias com embutidos, queijos e conservas. Todos também garimpados com produtores que seguem a proposta da casa. Acima a gostosa tábua mista (R$ 45) com queijos de vaca, cabra e ovelha, embutidos, língua defumada, pastrami suíno, cupim defumado e copa curada, que vem acompanhada de pães quentinhos.

 

Outras opções do cardápio para acompanhar o seu vinho. Você pode até pedir para o Gianluca sugerir a melhor combinação e te guiar numa prazerosa degustação.

 

A fachada da casa, localizada próxima à rua Cardeal Arcoverde e ao Cemitério São Paulo. Mais uma boa opção de wine bar na cidade, mas com uma proposta bastante simpática e peculiar.

Gino Wine Bar mapinha aqui
Cônego Eugênio Leite, 1164, Pinheiros. Telefone: (11) 98196-9015
Horário: terça e quarta, das 18h às 23h. Quinta e sexta, das 18h à 0h. Sábado, das 18h às 23h30.
Estacionamento: ao lado – R$ 10 (primeira hora) e R$ 3 (as próximas horas)

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Restaurante São Pedro encanta com pratos do mar no centro do Recife https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/09/restaurante-sao-pedro-encanta-com-pratos-do-mar-no-centro-do-recife/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/09/restaurante-sao-pedro-encanta-com-pratos-do-mar-no-centro-do-recife/#respond Mon, 10 Feb 2020 02:03:07 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/spr20-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17210 Um salão diminuto com seis mesas. No menu, duas entradas, três pratos principais e apenas uma sobremesa. Ousado, não? Pois é aí que reside o charme do restaurante São Pedro, no centro do Recife.

 

Localizado no Pátio de São Pedro, o restaurante ocupa essa casinha verde ao lado da Igreja de São Pedro dos Clérigos, reaberta em dezembro de 2017. “O São Pedro faz parte de um projeto maior de tentarmos de certa forma revitalizar o centro, tão lindo mas tão sucateado”, contou o chef Thiago das Chagas.

 

Pequenino, já abre com fila na porta em plena segunda-feira. Cheguei às 11h45, 15 minutos antes da abertura, e garanti a quarta posição. Há algumas mesinhas na calçada mas não quis arriscar –sou afobado e calorento.

 

Os preços são justos, assim como os praticados na outra casa do chef, o Reteteu Comida Honesta, localizado numa casa na zona Norte da cidade. Mas se lá brilham os ingredientes regionais, aqui o foco são os pescados e frutos do mar.

 

Minha entrada foi um tartar de peixe (R$ 29,50) com pescada amarela, caju, castanha, coalhada seca, suco de limão e Cajuína. Um prato perfeito para o calor: refrescante, leve e com uma gostosa acidez. Acompanhou bem o Chardonnay geladinho, vendido em taças (R$ 15).

 

Não dava para sair de lá sem provar o carro-chefe da casa: arroz de caranguejo (R$ 33,50). O caldoso arroz é finalizado com tomatinhos e carne de caranguejo. Sobre ele, patolas empanadas e fritas que chegam ainda crocantes para deleite dos comensais.

 

A versão com camarões tem o mesmo preço (R$ 33,50) e traz os crustáceos empanados. Escolha o seu favorito ou peça os dois e compartilhe com amigos.

 

Acabei provando o terceiro prato e me surpreendi. O baião de peixe (R$ 32,50) é feito com arroz vermelho, feijão verde e nata que confere uma cremosidade e um sabor ímpar. Leva ainda queijo coalho e bacon. Para arrematar o prato, postas de pescada empanadas, cebolas douradas e picles de rabanete. Que riqueza de sabores!

 

A sobremesa também é imperdível. Uma torta de chocolate (R$ 17,90) com crocante de amendoim e calda de caramelo salgado. É enorme, dá para dividir. Acompanha sorvete de amendoim, mas que derreteu com tanto calor.

 

O salão, pequenino mas climatizado. Tem até uma cortina de ar para impedir que o ar escape –sob a qual eu me sentei e passei momentos muito agradáveis.

 

A casa abre apenas de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h. E vale muito o passeio. Além da ótima comida e do preço honesto, o restaurante está localizado em uma área de comércio popular cheia de badulaques. De fantasias para o Carnaval até a pomada Canela de Velho, que nunca falta em casa. E você ainda pode comprar uns artesanatos no Mercado de São José, ali ao lado. Uma beleza de passeio.

Restaurante São Pedromapinha aqui
Rua das Águas Verdes, 52, Pátio de São Pedro, Recife. Tel.: (81) 3224-0129
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress

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Santana nas alturas https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/santana-nas-alturas/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/santana-nas-alturas/#respond Sat, 01 Feb 2020 16:06:27 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/las20-salaodia-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17202 Foi um susto perceber que o salão do restaurante girava, em minha primeira visita ao Lassù, casa do restaurateur Ricardo Trevisani. O empreendimento ocupa o 28º andar do edifício K1, em Santana.

 

Sentado na lateral do salão, cobicei a mesinha central, colada no janelão de vidro com uma bela vista da cidade. Fiquei respondendo mensagens pelo celular enquanto aguardava a entrada do almoço executivo (R$ 78 – entrada, principal e sobremesa).

 

Quando chegou a salada, surpresa! Minha mesa despontava no começo do janelão e a vista dos trilhos do metrô fisgava o meu olhar. Impossível não se encantar com esse efeito de carrossel proporcionado pelo salão giratório –a volta completa leva uma hora e 40 minutos.

 

A cozinha também acerta. Escolhi o brasatto: maminha ao vinho tinto servida com batata doce dourada e me deliciei. Carne macia e saborosa, além de uma bonita apresentação.

 

De sobremesa, o sorbet de mamão papaia com cassis e farofa apresenta a tradicional sobremesa numa nova e estimulante versão. Eis um almoço executivo que vale o passeio!

 

Voltei pouco tempo depois para ver a casa à noite. Já estava lotada.

 

A vista é totalmente diferente e igualmente impressionante. O atendente me sugeriu voltar num começo de noite para apreciar o pôr do sol tomando um drinque. Fiquei imaginando que beleza de happy hour.

 

Enquanto esperava por uma mesa e a chegada de duas amigas, provei o fritti di mare (R$ 63) no bar. Lula, camarão e abobrinha fritos e crocantes. A cozinha do chef Lucas Figueiredo Campos reverencia a cozinha italiana mas traz um toque brasileiro, mesclando o que há de melhor nas duas culturas.

 

O couvert (R$ 19) traz  focaccia, grissini clássico, grissini integral, azeitonas marinadas, queijo fresco feito na casa e azeite extravirgem.

 

O tartar de carne (R$ 55) vale por uma refeição. O crocante de jiló e o mix de folhas orgânicas completam o prato.

 

A conhecida lasanha al tartufo nero do Ristorantino (outra casa de Trevisani – R$ 89) vem com ragu de vitela, glace, crème de grana padano e trufas pretas.

 

O camarão provenzale (R$ 139) traz camarões rosa ao alho e óleo com pimenta calabresa e arroz carnaroli com aspargos verdes.

 

Uma boa pedida para sobremesa é o pudim de cupuaçu (R$ 22) que tem textura lisa e o gostoso sabor da fruta. Vem com amêndoas em diversas texturas.

 

O “Tiramilassù”(R$ 66) é uma sobremesa para toda a família com seu tamanho surpreendente. A clássica torta de queijo mascarpone e chocolate é preparada com um shot de café gelado da fazenda Pessegueiro.

 

A casa é um sucesso. E até já reformulou o cardápio, a pedido da clientela ávida por novidades. O novo menu dispõe de pratos vegetarianos, veganos, sem glúten e até sem lactose. Surgem o clássico vitello tonnato, o risoto brasileiro feito com carne de sol e abóbora, o Couscous da Donna com legumes orgânicos e crocante de trigo sarraceno. As crianças também não foram esquecidas e contam agora com três novas opções de pratos “kids”. Dentre as novas sobremesas, destaque para a bavarese vegana de chocolate.

 

O menu executivo também apresenta novidades, com opcões de entrada e pasta, sugestões do chef, que mudam diariamente. Uma ótima opção de almoço com uma das vistas mais espetaculares da cidade.

Lassùmapinha aqui
Rua Conselheiro Saraiva, 207, 28º andar, Santana – São Paulo
Fotos: Marcelo Katsuki/Folhapress. Preços de dezembro de 2019

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Jantar em comemoração aos 30 anos do Manacá reuniu renomados chefs em Camburi https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/01/20/jantar-em-comemoracao-aos-30-anos-do-manaca-reuniu-renomados-chefs-em-camburi/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2020/01/20/jantar-em-comemoracao-aos-30-anos-do-manaca-reuniu-renomados-chefs-em-camburi/#respond Mon, 20 Jan 2020 16:36:37 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/man20-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17159 O final de semana foi agitado em Camburi. O chef Edinho Engel organizou dois jantares para comemorar os 30 anos do seu restaurante Manacá. Na sexta-feira, a comitiva do restaurante francês Chatêau de la Gaude, chefiada por Matthieu Dupuis Baumal, assumiu a cozinha para preparar um menu com toques provençais.

No sábado, Edinho reuniu chefs que influenciaram sua carreira e que fizeram parte da história da casa. Veja os pratos que foram servidos na segunda noite.

 

Carpaccio de peixe branco com nata de coco e pimenta de cheiro por Paulinho Martins.

 

Vieira com purê de couve-flor e manteiga de sálvia por Maria Ferreira.

 

Salada de berinjela defumada, tofu, molho cítrico e pimenta thai por Mauricio Santi.

 

Orechiette com folha de mostarda, feijão branco, peixe maçaricado e panceta por Hamilton Melão.

 

Robalo ao vapor com creme de champanhe e caviar por Emmanuel Bassoleil. Detalhe: o pastel também era de caviar!

 

Camarão rosa ao molho de prosecco e tartufata e medalhão de pupunha grelhada por Luciano Bossegia.

 

Bolo de figo turco, toffee e gelato de nata fresca por Gustavo Rozzino.

 

A harmonização dos vinhos foi feita por Manoel Beato e Juliana Caroni e os pães de fermentação natural preparados por Luiz Américo de Camargo. Uma noite memorável.

Manacá
R. Manacá, 102, Praia de Camburí, São Sebastião/SP – Tel.: (12) 3865-1566

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Coisas para se comer no Recife https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/coisas-para-se-comer-no-recife/ https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/2019/11/29/coisas-para-se-comer-no-recife/#respond Fri, 29 Nov 2019 22:54:09 +0000 https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/ag19-abre-320x213.jpg https://marcelokatsuki.blogfolha.uol.com.br/?p=17069 Passei uma semana no Recife revendo lugares e amigos, mas também fui atrás de novidades. Visitei também Gravatá, que terá um post em breve, com todos aqueles barzinhos e lugares interessantes. Mas vamos aos destaques da capital pernambucana, destino sempre certo do “japa das comidas”, como já me chamaram lá, rs.

 

Uma das novidades que encontrei em minha recente viagem ao Recife foi a padaria Augusta, ali na Conselheiro Aguiar, 1.980, em Boa Viagem. A frente lotada de carros assusta um pouco mas dentro estava super tranquilo. O local é amplo, tem uma equipe bem treinada e muito gentil. E pães de fermentação natural deliciosos. Há muitos pães portugueses e até pastéis de nata. Um pequeno mas eficiente empório foi perfeito para comprar todos os itens para o café da manhã, já que eu estava em um flat. Ah, e os patês feitos na casa são uma delícia –e a atendente uma simpatia. Recomendo. O telefone é (81) 3128-3900.

 

Nessa viagem também pude conhecer os doces da Dona Rosa Otaviano, da Oficina Otavianas, que existe há cinco anos no Recife. Os doces e bolos, todos de confecção artesanal, são impecáveis –veja essa gavetinha de docinhos acima, que beleza. Suas criações têm inspiração em Portugal com muitos doces conventuais mas também doces regionais. O bolo de rolo é fantástico: molhadinho e com aquele sabor de goiabada. E a Dona Rosa lançou agora uma coleção de doces para o Natal, com biscoitinhos, bombons e outras delícias. O telefone da Oficina Otavianas é (81) 98306-6052.

 

Quando entrei no Mooo Sanduich Bar, logo me identifiquei. No som rolava The Smiths, que foi seguido por outros hits dos anos 80. A casa tem ambientação moderninha, iluminação baixa mas também é pet friendly: logo na entrada, um cercadinho permite que você fique com o seu animal de estimação. E os petiscos foram o grande destaque. Meu favorito foi o charuto choripan (R$ 19,90 – foto), um pastel comprido recheado com linguiça e molho chimichurri cremoso. O quibe curado feito com carne de sol e servido com nachos e creme azedo também é uma delicia. A salada, deliciosa, é bem servida. Dos hambúrgueres, vale resssaltar o pão brioche, macio e saboroso. Uma casa para se voltar. O Mooo fica na Av. Eng. Domingos Ferreira, 4236, Boa Viagem.

 

Voltei ao Hot Cozinha Casual, restaurante do chef Armando Pugliese, que está sempre fazendo consultorias para outros restaurantes, e fiquei bastante surpreso. Armandinho, como é conhecido, está cozinhando muito! Num rápido almoço durante a semana provei quatro pratos e todos estavam perfeitos. Esse salmão com pasta de missô e risoto de limão siciliano (R$ 69) foi um dos melhores dos últimos tempos: despretensioso, mas não no sabor. O pudim frito também foi uma boa surpresa. Os formigões devem adorar. O Hot fica na rua Capital Rebelinho, 478, no Pina.

 

A Oficina do Sabor, do chef César Santos, comemorou 27 nesse mês em Olinda e segue firme e forte com sua cozinha regional marcada pela combinação de frutos do mar com frutas. Na foto, o jerimum recheado com camarão ao molho de manga (R$ 154), um clássico da casa que sempre agrada. Para quem preferir carne, o charque à moda do chef (R$ 109) traz a carne desfiada e frita, servida com purê de macaxeira, farofa de Jerimum e cheiro verde. Esse purê é quase um aligot regional, dá para se comer puro. A Oficina do Sabor fica na R. do Amparo, 335, em Olinda, a um pulinho do Recife. O telefone é (81) 3429-3331.

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