Bolo Podre: podre de bom!

Marcelo Katsuki

Minha versão: Podrinho com calda de cumaru

É uma das maravilhas da cozinha paraense e pode ser comida em qualquer esquina de Belém – onde tenha uma tapioqueira, claro. Comi e pirei. E quando o chef Sérgio Leão me contou como era fácil de fazer, fui logo na Feira da 25 comprar farinha.

Fiz ontem uma versão ‘cupcake’, mas juro que não foi viadagem gourmet. Em tempos de ‘Nigella magra’, não dá para fazer uma forma grande e sair comendo desembestado. E como engordei dois quilos em quatro dias de viagem, achei melhor fazer metade da receita e distribuir em forminhas de alumínio.

A receita é muito simples e versátil. Se você quiser mais cremoso, como um arroz-doce, disponha em tigelinhas e cubra com a calda até 1 cm acima. Se quiser mais firme, apenas cubra até a altura da mistura. A tapioca vai ficar com textura de canjica e você poderá até cortar.

Dá para servir com ameixa em calda, só com canela em pó, com mel de engenho, com calda de cumaru (aquele caramelo de pudim só que aromatizado com cumaru ralado) mas nesses casos, eu tiraria a erva-doce da receita. E sério: bom mesmo é comer da forma mais simples, coberto com flocos de coco. Ou puro mesmo, como fiz de madrugada, meio aflito sem saber onde comprar mais farinha.

 

Receita do Bolo Podre

Misture e disponha em uma forma de bolo com furo no meio ou em forminhas, como na foto:

– 2 litros de farinha de tapioca (aquela que parece isopor)

– 1 pacote de coco em flocos

– 1 colher de chá de semente de erva-doce (opcional)

 

Deixe quase ferver e então despeje sobre a mistura da tapioca com o coco:

– 1 litro de leite

– 1 lata de leite condensado

– 1 vidrinho de leite de coco

– 1 pitada de sal (faz a diferença)

A mistura vai reduzir uns 20%. Deixe descansar por uma hora dentro do forno desligado. Cubra e leve à geladeira. Na hora de servir, salpique outro pacote de flocos de coco. Se ficar seco, volte para a forma e adicione mais leite quente.

Agora a pergunta que não quer calar: onde arrumar a farinha de tapioca ‘isopor style‘ em São Paulo? Se alguém souber, ajude-nos nos comentários, por favor!

 

 Versão ‘zen’. Tá, parei.

Comentários

    1. É, é assado, Marcelo. Delicioso! Quando voltar por aqui, avise! ;D

  1. Cara, gostei do post. Vou executar a receita made in Marcelo Katsuki. E dessa forma mesmo.

    1. É muito fácil, né? Aliás, ganhei mais tapioca, preciso ir buscar na casa de uma amiga!

  2. oi marcelo
    ja falei com vc la na reportagem do leite de coco….entao estava fuçando e achei mais esta acima…então se quizer sera um prazer lhe enviar tapioca aqui da bahia…bjs

    1. Obrigado, Soraya! Mas acho melhor eu comer quando for aí, hehe! Abs!

  3. Kats, encontrei a tapioca em flocos aqui em Floripa!!!! E tou feliz, pq consegui acessar o blog e procurar a receita, q eu nem lembrava mais do nome. Uma delícia!!!

  4. oi Marcelo,
    você sabe a quantidade de farinha de tapioca em gramas? — vi pacote de 500g e não se se equivale a meio litro…Obg!

    1. Ixi, não sei. Mas é simples: meio litro são dois copos americanos e meio. abs!

  5. To babando pra fazer essa receita! Onde encontro essa “isotapioca” aqui em Sampa!!!???

    1. Alguns leitores indicaram aqui nos comentários, Carolina. Dá uma olhada. Abs!

  6. Bial, entendi direito? Não assa? Só vai ao forno pra ficar brincando de pão de queijo?

  7. Ih, fiz aqui mas deu xabuzão. Usei a tapioca da Yoki, fiz exatamente como descreveu e o negócio virou pedra. Fui colocando leite quente, etc, tentando consertar, mas não deu. Tive que jogar fora. Fiquei putona, porque parecia a coisa mais fácil do mundo!
    Pode ser a qualidade da tapioca, mas não vou tentar refazer, prefiro ir ao Pará e comer lá kkkk.

    1. Vixe, D. Essa tapioca da Yoki tem que cozinhar. A tapioca do Pará parece isopor, dá para comer crua, com açaí, para vc ter uma ideia. Desculpe pelo xabu! Abs!

  8. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

    Ufa, rs. Só farei de novo quando buscar no Pará, então!!!

  9. Bolo Podre igual a esse, so mesmo com a tapioca lá da minha terrinha, Belém, moro aqui no Rio mas sempre que o pessoal vem de lá peço para trazerem essas coisas que so encontramos no Pará. Katsuki, já fez com a forma caramelada? É tuuudooo experimenta!

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