Receita do momento: Caviar de tomate
Depois que a fan page da Nello’s informou que a cantina não compraria mais tomate –já que o preço da caixa de 20 kgs saltou de R$ 20/35 para R$ 150– o ingrediente virou hot topic.
Segundo matéria do Comida, “O principal fator para a alta no preço do tomate é o clima. A oferta está menor porque o excesso de chuva encerrou antes a safra que viria do sul do país e atrasou a safra do Sudeste.”
O fato é que a alta do tomate virou motivo de crítica mas principalmente de piada na rede. Mira (Imagens: reprodução da Internet)
Ah, sim, a receita!
Caviar de Tomate
1. Um porção de Tomate italiano seco (no sol de preferência) – Cobrir com cerveja branca e hidratar até ficar bem macio.
2. Bater com alho, limão siciliano, manjericão fresco, pimenta do reino, sal e bastante azeite de oliva extra virgem. (Nesta etapa do processo se você possui um bom pilão de pedra é o ideal).
3. Passe por uma peneira e pronto! Está pronto!
Servir de entrada com torradinhas de sua preferência ou pão fresco. Delicioso também para acompanhar pratos.
Receita do Blog Prato de Papel
O debate sobre a alta nos preços do tomate vem repercutindo fortemente nas redes sociais. São várias as brincadeiras e posts. Sendo assim, resolvi mexer também nesse molho.
Para quem conhece a cadeia produtiva e oferta, sobretudo nos grandes centros urbanos de alimentos vegetais, hortaliças e leguminosas, a subida desses preços demonstra o que no Brasil se chama de “lei da oferta e da loucura”.
A grande verdade é que os preços das hortaliças e leguminosas no país são direta e proporcionalmente vinculados aos preços do tomate e da alface. Até mesmo classes sociais com menor poder aquisitivo prefere, em primeiro lugar, tomate e alface, que inclusive tem um preço histórico acessível. Comparativamente, lembram-se do termo “preço de banana?”
Pois então, o preço baixo do tomate e da alface pressiona para baixo o preço das demais hortaliças e leguminosas. Quando eles têm o preço apreciado, levam consigo, os demais produtos, que em geral, são a segunda opção.
Pois então, o tomate tem um ciclo de produção relativamente curto variando de 4 a 7 meses. Evidentemente que problemas climáticos tenham criado uma volatilidade nos preços, mas não há maiores problemas agrícolas para a sustentação nesses novos patamares. Não houve quebra de safra que tenha sido causadora tão forte como esse aumento e manutenção durante todo esse período.
Para as donas de casa, uma clara visão de que não há grande falta de estoques é que nas feiras e mercados, ainda se encontram oferta abundante, apesar do preço alto, de tomate maduro, vermelho. Ora, caso houvesse falta grave de suprimento, a colheita seria desesperada até para se manter o lucro, ofertando tomates ainda verdes, já que haveria falta. Mas, ao contrário, tomates maduros, bonitos e brilhantes.
Os fundamentos do desenvolvimento econômico e social carregam uma evidência empírica comprovada na hipótese de que existe uma correlação entre o nível de eficiência e a taxa de crescimento econômico. Países dotados de boas instituições crescem mais rápido. No caso, temos uma enorme assimetria de informações, falha grave da regulação, das instituições.
As forças da natureza são consideradas como fator primário da riqueza e pobreza das nações. Mesmo assim, somente a evidência não serve para caracterizar a geografia como influencia primária da prosperidade; mas é verdade que há uma correlação entre ambas. Aqui, nossa disponibilidade de terra, água e solo em ótimas condições para produção de alimentos.
Enquanto não corrigem as assimetrias de informações, essas dicotomias sobressaltam. E os brasileiros, por enquanto, acabam até mesmo fazendo piada sobre o alto preço do tomate… Até tu, “tumate”?
De fato é pisar no freio e simplesmente não consumir. Vamos com isso ganhar alguns meses de vida, pois os tomates são uma grande bomba de agrotóxicos.
O seu blog é o máximo. Sempre com assuntos deliciosos e belíssimas fotos. E muito humor. Abraço grande.
Valeu a pena eu ter lido esses comentários , me senti honrada mesmo.
Marcelo, desculpe minha ignorância mas qual seria a cerveja branca??
Ana, são as cervejas de trigo. Abs!
Tomate e Ovo com preços exorbitantes… tá dificil ser pobre nesse Brasil.
Até o que antes era barato e acessível a todas as classes sociais está pesando no orçamento.
Acho que como consumidores conscientes nosso papel é substituir esses produtos na medida do possível para forçar uma reduçao dos preços. Afinal sao altamente perecíveis e logo, logo os valores voltariam à patamares mais aceitáveis.