Cenas do Festival de Tiradentes
Espaço de aulas e degustações do Senac no Largo das Forras
Foi um final de semana corrido –ainda mais porque resolvi ir para Tiradentes dirigindo– mas não poderia ter sido mais agradável. A 17ª edição do Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes terminou ontem apresentando as cozinhas do Amapá, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais e Alagoas, estados visitados pela Expedição Fartura Gastronomia, resultando em um belo livro e um emocionante curta, que foi exibido durante o evento.
Para ilustrar toda essa cadeia de produção e consumo da gastronomia nas regiões visitadas foram realizadas mais de 170 atrações com palestras, como essa acima da Neide Rigo, degustações, cursos e jantares, numa versão mais moderna e dinânica do festival. Os jantares aconteceram dentro do centro histórico e era possível fazer todos os deslocamentos à pé, o que foi bastante providencial em função da fartura de comida e de bebida.
O Largo das Forras estava sempre lotado, com shows de música, apresentações teatrais, além de abrigar os espaços de aulas e degustações e as barracas de comidas dos restaurantes locais e da cervejaria.
Um dos petiscos mais gostosos desse espaço era o Pastel de angu com recheio de couve e linguiça (R$ 20 – 8 unidades)
Também era possível passear de charrete ou ficar ali sob a sombra das árvores descansando um pouco
Os mais ousados descansavam no meio da rua mesmo. Cidade do interior é assim, uma tranquilidade, rs.
A Pousada Escola Senac também recebeu convidados para cursos. Acima, a aula “Desmistificando Carnes Secas” com o chef Wanderson Medeiros, do restaurante Picuí, Maceió, AL.
Mas concorrido mesmo foi o Largo do Chef, onde havia barracas de comidas de restaurantes de Belo Horizonte, um outro palco para shows, uma feirinha de pequenos produtores (onde comprei um queijo ótimo) e um mercado onde era possível comprar taças e vinhos com preço super em conta.
Nesse corredor, todos os restaurantes selecionados de BH, que teve curadoria do super blogueiro, professor e restauranteur Rafael Mantesso.
A concorrida paella no Largo do Chef
O quiosque de vinhos do Verdemar era um dos mais disputados. E a diversão era comprar as taças e passar a noite bebericando pelas ruas.
O bonito bar do Pacco & Bacco, novo restaurante da cidade e que recebeu alguns dos jantares dos chefs convidados.
Rafael Pires, chef do Pacco & Bacco, controlando a saída dos pratos do Jantar Amapá
Solange Batista, do Café Aymoré, Macapá (AP), e Mara Salles, do Tordesilhas (SP), responsáveis pela cozinha no Jantar Amapá
O Peito de targaruga com farofinha e babata crocante da chef Solange Batista esbanjava sabor, com um tempero delicioso.
Mara Salles preparou um Filhote no tucupi com tubérculos com o peixe fresquíssimo e perfeito ponto de cocção
Jefferson Rueda, do Attimo, São Paulo (SP) e Dino Pisselini, do restaurante La Távola, Aracajú (SE) comandaram o Jantar Sergipe, também no Pacco & Bacco.
Espaço do aconchegante restaurante Via Destra
O chef Juarez Campos comandou o Jantar Espírito Santo no Via Destra e apresentou pratos como o Fusilli com ragout de linguiça, cotecchino e funghi
O Jantar Alagoas foi capitaneado pelo chef Wanderson Medeiros, do restaurante Picuí, Maceió (AL), que contou com a ajuda do chef Artur Nagae
O belo café da manhã de boas vindas ao evento servido no Santíssimo Resort
A Estalagem do Sabor tem paisagem bucólica e um jardim perfeito para aquela cervejinha… E as banheiras floridas fazem sucesso.
A especialidade da casa, o prato Mané sem jaleco: um mexidão de arroz com feijão, couve rasgada, bacon, ovos, lombinho e banana.
Outro restaurante simples mas delicioso é o Dona Xepa. Acabei voltando lá no dia seguinte só para comer o Feijão tropeiro, daí já emendei um Tutu à mineira para encarar a estrada bem alimentado, rs.
Largo das Forras à noite: comida, bebida e boa música para ninguém querer ir embora.
Mas eu tinha que conhecer o Kitanda Brasil, da chef Tânea Romão, que se mudou para Tiradentes logo após sua participação no festival do ano passado quando se apaixonou pela cidade.
Tânea, além de simpática e dona de um dos espaços mais gostosos da cidade, produz ótimas geleias, como as de café e de hibiscus. Nos finais de semana a chef oferece um menu preparado com os ingredientes do dia. Imperdível!
Um dos pratos da degustação (depois darei um post com a sequência toda): Bochecha de boi com cuscuz de canjiquinha. Fiz o mal educado e pedi para repetir. Na verdade, o atendente avisa que podemos repetir qualquer prato, então não me fiz de rogado.
Antes de pegar a estrada de volta, uma última visita ao gostoso jardim do Kitanda. A vontade era de ficar jogado nessas redes da varanda, contemplado a vida na companhia de uma boa caninha. Pena que não estou com a vida ganha. Ainda.