Patuá: delícias do mar em Olinda

Marcelo Katsuki

Em minha última viagem ao Recife passei uma divertida tarde com os amigos em Olinda, onde o programa foi almoçar no Patuá Delícias do Mar e visitar o mirante do Alto da Sé, que oferece uma vista panorâmica da cidade.

 

Tomoko (R$ 22,90): discos de banana caramelizada com camarão em calda quente vietnamita

O restaurante do chef Alcindo Queiroz oferece uma cozinha multicultural com forte apelo afetivo. O cardápio vale-se da bagagem do chef –que nasceu em Olinda mas trabalhou por anos com turismo internacional– e reedita receitas de família, sempre elaboradas com ingredientes frescos, dos pescados ao leite de coco, feito da fruta ralada manualmente.

 

O Patuá ocupa um antigo casarão quase em frente ao Mercado da Ribeira. Tem objetos de arte no saguão da entrada mas seguindo pelo corredor colorido você chega a um salão climatizado com uma bonita vista dos telhados de Olinda tendo Recife ao fundo.

 

Começamos nosso almoço tardio com o Tomoko, da foto que abre esse post. Seguido pelo Causando em Olinda (R$ 20,90), um mix de causas de batata doce, jerimum e inhame, recheados com carne seca e queijo cremoso, escoltados por emulsões de ervas e pimentas.

 

Aqui uma receita da família do chef: Bolinhos de bacalhau Espanhóis (05 unidades – R$ 20,80) que realmente derretem na boca. São cremosos, delicados, com fritura sequinha.

 

Octopus (R$ 28,90): um polvo macio servido com vinagrete e torradas ao perfume de estragão

 

Caiala & Sobá (R$ 23,90): são cubos de filé de salmão cobertos por requeijão e farofa bolão de castanha de caju e gergelim. Acompanha molho teriyaki numa combinação ousada mas que funciona.

 

Embora o foco do restaurante esteja nos frutos do mar, o cardápio tem opções com carnes como o Mata o Véio (R$ 18,90). São cubos de charque, de queijo coalho e de jerimum crocantes em alho, ervas e mel de engenho. Ideal para compartilhar mas eu preferia ter comido sozinho, rs.

 

Aqui uma pequena amostra da Moqueca de peixe e banana, preparada com dendê, leite de coco natural e cheiro verde, acompanhado de arroz, pirão e farofinha

 

Um prato que impressiona: Lagostins de Virada (R$ 62,90): lagostins dourados na manteiga de garrafa servidos com arroz de frutos do mar em leite de coco e farofa de casquinha de siri. De babar mesmo…

 

Outro prato que gostei muito foi o Carré Supremo (R$ 44,90), um macio carré de cordeiro ao molho barbecue e vinho do São Francisco, servido com arroz cremoso de rúcula e lâminas de amêndoas.

 

Minha sobremesa favorita foi a Cocada mole de coco fresco em leite condensado (R$ 14,90) servido com sorvete de tapioca e bananas caramelizadas. Vou dar a receita em breve.

 

Para quem é nostálgico, Embalos dos Anos 70 (R$ 16,60) uma indecorosa banana split caramelizada com sorvetes, cobertura de chocolate e farofa de castanha de caju e amendoim. Pra voltar à pé pro Recife.

 

O chef Alcindo Queiroz, que realiza uma cozinha pernambucana com um toque contemporâneo.

 

Aqui a fachada do restaurante, mais uma peça do colorido mosaico formado pelas fachadas dos casarões de Olinda. Como estávamos em frente ao Mercado da Ribeira, paramos para olhar o artesanato local e curtir um pouco do festival de jazz que rolava na cidade.

 

Acabamos chegando no Alto da Sé com o mirante fechado mas assistimos ao fim do dia ali no largo da igreja, tomando uma leve brisa de chuva. Foi lindo.

 

Patuá Delícias do Marmapinha aqui
Rua Bernardo Vieira de Melo, 79, Olinda/PE (Em frente ao Mercado da Ribeira)
Tel.: 00/xx/81/3055-0833

Comentários

  1. Rapaz, eu não sei que sorte sua foi essa, porque eu fui lá em uma noite de novembro, durante a FLIPORTO, e foi uma experiência absolutamente desastrosa, que contou com bebidas estragadas, pratos frios que tiveram que ser devolvidos e grosserias da “cozinheira” que estava cobrindo a ausência do Chef. Não passamos nem das entradas…

  2. Que maravilha! Estou indo passar ano novo em Recife e quero muito conhecer esse restaurante. Parece delicioso!!! Obrigado pela dica maravilhosa. Alcindo me espere

  3. Kats,
    Você esqueceu de comentar que a moqueca foi servida na quenga do coco. Original, hein??? He,he,he.
    Abração fraterno,
    Geyson Monte

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