A volta do café coado
Já deu para perceber que o coador reapareceu nos restaurantes (e até no meio do salão) por isso fiquei curioso quando conheci o café Terroá lá em Salvador. Trata-se de um café gourmet indicado para ser preparado por filtragem. “Café coado é slow food”, me disse o mestre de torra da Terroá, Leo Bittner de Freitas.
Produzido em plantações com mais de 1.200 m de altitude, o café apresenta grãos de alta qualidade que destacam a acidez e pouco amargor, resultado também da torra mais clara. Além do aroma frutado e de caramelo, ao final fica um gostoso perfume de melaço de cana.
O café, que utiliza grãos de Piatã, Chapada Diamantina, região que ganhou o prêmio Cup of Excellence 2009, foi escolhido como o café do mês no Santa Luzia (Al. Lorena, 1471 – Jardins – tel: 0/xx/11/3897-5000) e está sendo preparado pela premiada barista Cecilia Sanada em degustações gratuitas no mezanino da loja todas às terças (das 9h às 11h) e quartas (das 14h às 16h) até o final de fevereiro.
Participei de uma degustação com o Leo, que me explicou as diferenças entre o café espresso e o filtrado (definição técnica para o café coado). Provamos o mesmo blend, Vento Norte, de torra clara-média, e a diferença foi notória.
O espresso destacou o amargor mas quase anulou os aromas. Já o filtrado, realçou a acidez e os aromas resultando num café muito equilibrado, quase doce. Além desse blend, o Terroá produz o Terra Vermelha (torra média, mais encorpado) e o Sol Amarelo (torra clara), que comprei para experimentar em casa, depois que o Leo me disse que esse era o mais suave e o favorito dos japoneses que importam seu produto.
O café pode ser encontrado no Santa Luzia (em São Paulo) e em alguns estabelecimentos de Salvador e de Brasília. Mas o foco da empresa é expandir o produto nas cafeterias de outras cidades.
Terroá Cafés Especiais – Tel.: 0/xx/77/3479-2627 e 0/xx/77/9196-0818