Eu nunca vi coisa mais bela

Marcelo Katsuki

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Porção de torresminho do Portella

O lugar se chama Portella, não tem mais samba ao vivo e é famoso pela comida baiana. Pode? Em São Paulo pode tudo, rs. E eu reencontrei esse bar depois de anos, voltando à pé da bilheteria do teatro na semana passada. Logo quis me acomodar para uma cervejinha, e foi o que fiz nesse sábado de inverno ensolarado.

 

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Na fachada, os cartazes convidam para entrar: caipirinha em dobro toda quarta-feira e domingo de jogo. E um risoto de camarão na frigideira com preço amigo. Meu vizinho comeu gemendo, mas eu estava ali afim de outras paradas.

 

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Como essa caipirinha (R$ 14), que nem era de quarta mas parecia dupla. Feita com perfeição: cachaça, açúcar, gelo e limão. Tomamos um sol juntos na calçada e nem deu tempo do gelo derreter.

 

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Os torresminhos são uma atração à parte: sequinhos, crocantes e perfeitos com uma cervejinha gelada. E a porção custa simpáticos 9 reais.

 

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A tarde vai passando, chega a fome: Arrumadinho (R$ 18) todo desarrumado – deve ser coisa de paulista. Bem diferente da receita original de Pernambuco, anunciada no cardápio, mas não menos gostosa.

 

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O sol começa a baixar, junto com a porção de Macaxeira frita (R$ 24), que chega à mesa com calabresa e queijo coalho. Podíamos ter parado por aí, mas…

 

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Quando a noite chega, só um Mexidão (R$ 18,90) com torresmo e ovo frito para dar aquela força para ir embora. Antes, uma cachacinha para brindar o dia perfeito.

 

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A decoração do salão é pitoresca, mas nada como uma tarde de sol e brisa na calçada.

Portella – mapinha aqui
R. Prof. Sebastião Soares de Faria, 49 – Bela Vista