Uber de comida e outras tendências na gastronomia
Já que o ano finalmente começou, bora ver o que 2016 nos reserva. A Baum+Whiteman, consultoria internacional de comidas e restaurantes com sede em Nova York, listou 11 tendências na gastronomia e sabe qual é a maior delas? Um Uber de alimentos! Olha só.
1. Revolução nos serviços de delivery de comida, com a entrada do UberEats, Amazon Prime Now e Google. Serviços com entrega mais rápida, automatizados e com vantagens como pontos de fidelização. Já tem nos EUA, na Espanha, logo chega aqui.
2. Restaurantes com menus mais sustentáveis e até mesmo holísticos. O movimento se chama “healthification” e condena o uso de aditivos químicos na comida, de conservantes a aromatizantes. Tem forçado mudanças até mesmo nas grandes cadeias, como McDonald’s e Dunkin Donuts.
3. Massas em extinção? A venda de massas caiu 13% na Europa e 25% na Itália nos últimos cinco anos! O motivo? Dietas “low carb”, outros carboidratos mais nutritivos como a quinoa e lentilhas e a ascenção dos vegetais.
4. Ascenção dos vegetais. Além de saudáveis, estrelam muitos cardápios como protagonistas, não mais como acompanhamentos. O motivo? Seu amplo uso em receitas ricas em antioxidantes, dietas, crescimento de pontos de vendas de orgânicos, alto preço da carne e a aversão aos hormônios aplicados em animais.
5. O fim das gordas gorjetas nos restaurantes americanos, principalmente nos mais sofisticados. Os restaurantes com menus de preço fixo devem embutir o valor no preço.
6. Depois do sashimi, do crudo e do ceviche, chegou a vez do poke, um prato havaiano com atum em cubos marinado com shoyu, abacate, macadâmia, gergelim, gengibre e pimenta servido sobre arroz. Similar a um tirashi. A comida judaica também deve ressurgir de maneira moderna mas ainda expressando sua história, com jovens chefs reinventando pratos esquecidos pela segunda geração de imigrantes, mas sem abordagens “fusion”.
7. As tigelas de açaí, originárias do Brasil e que migraram para o Havaí, com coberturas de banana, granola, chia, chocolate e flocos de coco. Não chega a ser uma novidade, mas o consumo vem aumentando.
8. Obsessão por frango frito, principalmente nos sanduíches. Servido com shichimi togarashi (mix de pimentas japonesas), picles, cole slaw, papaia verde, jalapeño fresco e até queijo, rs.
9. Pimentas seguem em alta, empregadas em molhos e combinadas. De curries, piri-piri (pimenta africana) e jalapeño até shichimi togarashi e turmeric (similar ao gengibre mas mais intensa).
10. Restaurantes em locais não convencionais, como lojas de roupas, museus temáticos, cinemas, mas que forneçam uma experiência social diferente, seja com menus cheios de pretensão até locações inusitadas.
11. Os snacks, alimentos em pacotes, disponíveis em uma variedade infinita de sabores, inclusive com versões sem açúcar (apontado como o “satã do ano”, pela pesquisa) tiveram um crescimento em seu consumo de 47% de 2010 a 2014 nos EUA. Eles apontam um caminho para o futuro dos sabores: picante, salgado e étnico e vêm reduzindo o número de refeições diárias das pessoas que passam o dia consumindo snacks. Um contraponto para a corrente da alimentação saudável.