É uma tapa portuguesa, com certeza!
A cidade do Rio de Janeiro ficou ainda mais maravilhosa. Em minha última visita, fui conhecer o bar de tapas El Gordo, uma casa no Leblon que serve cozinha portuguesa em mais de 80 versões de tapas. Há algumas especialidades espanholas, mas é o sabor marcante das alheiras, açordas e farinheiras que domina a cena. E preciso confessar que editar as fotos agora, só fez minha saudade aumentar. Até esse simples alioli da foto acima é de se comer suspirando. Que comida, senhores!
Começamos a noite com mini-torradas com alheira e ovo de codorna trufado (R$ 46 – quatro unidades), uma combinação ousada e perfeita, com sabores fortes e muitas texturas brincando com o paladar.
Seguimos com os famosos Croquetes de leitão da casa (R$ 35 – quatro unidades), que assim como as croquetas ibéricas, desmancham-se ao toque. A carne é macia, úmida e muito bem temperada.
Hora da Açorda de bacalhau (R$ 49), que chega à mesa com uma gema crua, que é imediatamente incorporada à massa. Uma versão saborosa e revigorada, que enfim me fez entender a paixão dos portugueses por esse prato .
Até o arrozinho é caprichado! Dá para comer puro, mas aqui recebeu a companhia dos Ovos mexidos e das Moelas à moda do Porto (R$ 44), com molho de tomate encorpado e bem temperado.
Pausa para observar o pitoresco décor, repleto de jamóns pendurados, quadros, brasões de times, pôsteres e até recortes de jornais e revistas. O mobiliário é rústico mas combina com os guardanapos e a colorida louça.
Voltando à degustação: perfumadas costelas grelhadas de cordeiro, acompanhadas por um cremoso arroz de cogumelos frescos. Uma bela combinação.
Uma iguaria: rins em sedoso creme com vinho. Carne selada com perfeição, mantendo a maciez e a suculência. Nem sou fã de rim, mas esses comi com prazer.
Pedimos a primeira sobremesa, um singelo pudim de natas com morango (R$ 19); parece uma panna cotta mas é mais firme e com sabor mais intenso.
A segunda foi uma densa e saborosa mousse de chocolate (R$ 18), que é servida pelo Salvador, filho de Nuno Almeida, o proprietário. Pai e filho comandam a casa, que tem outras unidades em Trancoso, na Bahia, e em Lisboa, Portugal.
A fachada da casa, minutos após sua abertura. Em pouco tempo as mesas são tomadas por comensais ávidos pelas inúmeras opções de tapas. Acionei meu olho gordo (ops) para observar o que pedir em minha próxima visita ao El Gordo. Desconfio que terei de voltar muitas vezes…