Pratinho, uma instituição cearense
Você já deve ter visto aquele pratinho descartável mais fundo, muito usado em festinhas para servir comidas cremosas, doces ou frutas. Mas sabia que no Ceará, principalmente em Fortaleza, ele define uma variedade de comida de rua, assim como temos o acarajé na Bahia e o yakisoba em São Paulo? Mas no pratinho, as opções são bem variadas.
Tudo começou com as barraquinhas de comida típica nas festas juninas. Chegava junho e surgiam as tendas com seus pratinhos repletos de canjica, mungunzá, paçoca, vatapá… Mas o apreço pelo pratinho foi tanto que agora é possível desfrutar dessa delícia durante o ano todo.
Segundo minha amiga cearense Izakeline Ribeiro, do Sabores da Cidade, a combinação clássica traz arroz ou baião de dois, paçoca de carne de sol ou farofa, vatapá de frango ou creme de galinha e salada. É possível completar com carne do sol e calabresa, mas daí já acho que vira pratão, rs.
Pratinho da Tia Célia (Íris Imagem/Sabores da Cidade)
O sucesso do pratinho é tamanho que existe até food truck especializado e versões gourmet feitas por chefs. Dá até para pedir pelo Uber Eats e pelo iFood com preços que variam de R$ 9,90 (mini pratinho com creme de galinha) a R$ 15,90 (baião com creme de galinha e calabresa acebolada). Os preços nas praças e calçadas costumam ser mais em conta.
E o que explicaria o sucesso do pratinho? Há muitos pontos favoráveis: o horário de funcionamento das barraquinhas, a variedade de ingredientes e combinações e a possibilidade de se comer algo caseiro de forma rápida e por um preço amigo. Sem falar da sua localização em espaços públicos. O pratinho é realmente uma comida muito democrática. Não se admire se um dia ele for reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do Ceará.